28 dezembro 2007
Sabores do Natal
Caril de Frango
(receita a olhómetro, como todas as minhas!)
1 ½ Frango
pó de caril
1 cebola
alho
sal
azeite
1 litro de leite meio-gordo
1 barra de leite de coco
algumas colheres de polpa de tomate
coco ralado
cardamomo
Tempera-se o frango com sal e alho com algumas horas de antecedência. Refoga-se a cebola e alho num bocadinho de azeite, até ficar transparente. Junta-se o frango, o pó de caril, o cardamomo, a barra de leite de coco e o leite, aos pouquinhos. Acerta-se o sal. Deita-se algumas colheres de polpa de tomate. A meio da cozedura, mais ou menos, junta-se coco ralado, para engrossar o molho. Cozinha em lume baixo, para não pegar. Acompanha com arroz basmati, cozido à crioula: muita água a ferver, sal e cardamomo, escorrido e lavado no final, para ficar solto.
e por falar em canções fixes...
- o dueto com o Luís Represas, na canção «nós nunca somos iguais», que é provavelmente a minha preferida do momento.
- as palavras finais de «mais que um amor no mundo».
- o som surpreendente de «fragmagens».
- o ritmo dançante de «zé lisboa».
boa onda pura
e depois de uns dias algo atribulados... nada como uma canção fixe para animar as hostes!
19 dezembro 2007
A Ceia
13 dezembro 2007
Saudades do Insólito. E do Club 84.
Descobri este video num blog. Não sabia que a canção se chama Love will tear us apart nem que era dos Joy Division. Sei é que me deu umas saudades doidas das noites que começavam no Insólito e que nunca se sabia onde acabavam. Às vezes acabavam no Club 84, antes de ter fechado :) Noutras...
Verdade se diga, também tenho saudades das noites que começavam no Carocha, mas isso é conversa para outro post.
11 dezembro 2007
São as sortes
10 dezembro 2007
Inacreditável
Estou sem palavras. Estou muito zangada, também. Mas, mais do que tudo, estou motivada a ajudar: a Comunidade precisa de reunir o máximo de bens alimentares, para que as 4500 refeições planeadas para os 3 dias da ceia não sejam postas em causa. Precisam de mercearias e vegetais, precisam de roupa e de meias novamente. Todos os donativos podem ser entregues na sede da Comunidade.
06 dezembro 2007
mudar o Mundo
27 novembro 2007
Natal II
para a casa:
Cortinas japonesas (as da área)
tapetes para o quarto, grandes, turquoise ou laranja
lençóis de flanela
azulejos de espelho do IKEA
muitas molduras pequenas, lisas, todas iguais, formato 10x15
copos grandes
posters com as capas do Jorge Barradas para a ABC
papel de parede vintage, para a sala
para mim:
pregadeiras giras
coletes de lã
cachecóis & pashminas
um gorro de malha tipo crochet
camisolas cor-de-laranja
CD dos Donna Maria
bons livros
em delírio:
viagens, para qualquer lado, em regime TI, por muito tempo :)
para as causas com que me preocupo:
este fim-de-semana decorre a recolha de alimentos do Banco Alimentar;
a Comunidade Vida e Paz recebe bens alimentares, roupa e donativos monetários;
vejam a lista de itens necessários este mês no site da Ajuda de Berço;
a Fundação Evangelização e Culturas criou presentes solidários: são kits de bens essenciais para as acções desenvolvidas em países de língua portuguesa.
____
reeditado, depois de ler um dos comentários.
Natal I
23 novembro 2007
Mas anda tudo parvo ou quê?
22 novembro 2007
Donna Maria 3
O primeiro single, «há amores assim», está disponível aqui.
E falando em perguntas inconvenientes...
A minha mãe fala em netos e sobrinhos para a minha irmã pequena ter com quem brincar; os amigos estão a tratar da descendência; eu nem penso nisso! Perguntam-me com frequência se não quero ter filhos. Honestamente...? Nem por isso! Não é que não goste de crianças - dou-me lindamente com as crianças dos outros. E é aqui que reside o maior encanto delas: são filhas de outras pessoas, que as levam para casa no fim do dia, deixando-me entregue ao meu tempo e ao meu silêncio.
Se acompanhar a minha irmã pequena teve algum efeito em mim, foi no sentido de me fazer valorizar mais o meu tempo - aquele que não é gasto com mais ninguém senão comigo e que se perde quase totalmente, quando se tem um filho. As crianças precisam de atenção constante. O que têm de encantadoras também têm de pequenos sorvedouros de recursos de todos os géneros. Pode parecer egoísta, e na volta é mesmo... mas prefiro ser uma egoísta com noção das minhas limitações do que aventureira, sobretudo quando o que estará em causa é o bem-estar de uma pessoa que não pediu para nascer.
A febre
Longe vão os dias em que a pergunta «então quando é que casas?» me deixava de tão mau-feitio que me apetecia responder «nunca!»; agora já nem me incomodo em fazer um sorriso amarelo e desviar o assunto: a pergunta é arrumada com a maior cara de gozo e um enigmático «ui! isso agora...!» :)
21 novembro 2007
Um dos meus cantores preferidos
Letras mágicas... com aquele toque de Humanidade que falta tantas vezes nas palavras de outros e uma voz de feitiço. Grande Jorge Palma!
pérolas da minha mana
- Esta é a estação da mana T - referindo-se à estação onde a nossa irmã costumava sair, para o emprego.
- Sim, pois é.
- Ainda faltam muitas estações?
- Faltam duas estações, e depois saímos! A seguir é a estação do jardim zoológico, que é a estação da Paquita (o leão marinho dos shows do zoo), dos leões e das girafas; depois é a estação da mãe (onde a minha mãe sai todos os dias) e depois é a estação do P (referindo-me ao facto de o meu namorado estar à nossa espera nessa estação).
- O pai não tem uma estação?
- Não, porque o pai tem carro e não anda de comboio.
Pequena pausa.
- Eu também não tenho uma estação. Eu tenho um triciclo!
Sonhos parvos
Acordei de birra, a dizer que não conseguia deixar de sonhar com esta cena feliz e que isso me estava a atrapalhar o sono. Confesso que fiquei sem perceber se era a realeza, se as lontras que mais me incomodavam o descanso!
20 novembro 2007
citação do dia
Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República, no discurso do Dia de Portugal
14 novembro 2007
No autocarro da Carris
Homem 2 - Ih, eu também curto andar de karting, faço umas manobras fixes, sempre a acelerar.
Homem 1 - Podíamos combinar e ir juntos num fim-de-semana! Levamos as mulheres.
Homem 2 - E enquanto elas ficam entretidas a fazer o comer, vamos dar umas curvas.
(pequena pausa)
Homem 1 - Hmmm, a minha vai é querer andar de karting...!
(nova pausa)
Homem 2 - A minha também, que ela gosta de acelerar!
(pausa para pensar)
Homem 1 - Então e se levássemos uns frangos?
12 novembro 2007
Memória
Da infidelidade
O amor tem limites, mais ou menos elásticos, dependendo dos intervenientes de cada relação - é que se o amor em abstracto é infinito, incondicional e absolutamente altruísta, a verdade é que esta não é uma definição que assente à maioria dos amores humanos, pelo que a imposição de limites ao amor é uma condição sine qua non da sua concretização no dia-a-dia. Os amores humanos são materiais, mais do que espirituais. Precisam de constante atenção e cuidados, precisam de provas, demonstrações e sacrifícios. Amar, abstractamente, sem uma forte componente empírica, não chega!
Falava hoje sobre infidelidade, monogamia e os limites do amor com alguém que, no geral, partilha das minhas opiniões e que hoje, só por pouco não me chamou bota-de-elástico.
Dizia-lhe eu que, no geral, o problemas da maior parte das relações não é falta de amor, é falta de transparência - desde que haja acordo das partes tudo é permitido, menos o engano. Tendencialmente, acreditamos que as relações em que nos envolvemos são monogâmicas - é uma espécie de configuração pré-definida. A menos que se assuma claramente o contrário, é desse pressuposto que o comum mortal parte.
Hipoteticamente, até podemos não ser monogâmicos. Mas precisamos de muito jogo de cintura e muita cabeça fria para saber que o nosso parceiro está com outra pessoa, mesmo que pontualmente, e levar isso na boa. E levar na boa não tem só que ver com segurança pessoal, boa auto-estima, inteligência, possibilidade de fazer o mesmo em circunstâncias favoráveis... Tem sobretudo que ver com a negação de competitividade e de comparação – porque no geral, o que nos irrita e magoa na infidelidade é a ideia de que ela existe porque, de alguma forma, fomos incapazes de preencher todas as lacunas, necessidades e/ou expectativas do parceiro que temos.
Somos parte duma sociedade competitiva e de aparências, onde ter é mais importante do que ser, porque ser alguma coisa é muito complicado e precisa de muito tempo para ser devidamente apreciado. Ter uma pessoa (ter um relacionamento com alguém) é um sinal de algum poder, nem que seja apenas para nós mesmos – precisamos de alguma validação externa, e ter alguém é uma forma de validação. Que esse alguém nos troque por outrem (ainda que momentaneamente), é difícil de gerir, sobretudo quando/se essa troca não é consentida. E mesmo que seja... Em algumas coisas, ainda somos incrivelmente das cavernas – partilhar não é dos nossos fortes. Partilhar parceiros, mesmo que ocasionalmente, sem que existam grandes afectos em jogo em relação à terceira pessoa, ou pelo menos, sem que existam grandes mudanças no horizonte, é ainda assim, um desafio que dizemos ser capazes de levar na boa, mas que quando nos acontece não sabemos levar com igual facilidade. Somos bichos territoriais, mesmo quando não estamos permanentemente a marcar território.
Raras são as pessoas que aceitam MESMO a não-monogamia do seu parceiro, sem ter sentimentos de retribuição, sem amarguras relativamente à terceira parte, sem a clássica dor de corno. E mesmo as que existem, não sei se são supremamente indiferentes, se são supremamente inteligentes, ou se apenas não amam. Amar sem desejos de alguma posse do objecto amado é demasiado idealista para ser verdadeiro – amor sem expectativas de retribuição e de alguma posse só existe em fantasias!
Para a maioria de nós, a infidelidade do parceiro acaba sempre por ser entendida como um reflexo na nossa imperfeição. E mesmo que essa infidelidade não tenha tido como propósito atingir-nos ou magoar-nos, acaba por fazê-lo, porque em última análise nos rouba a ideia de que somos únicos e especiais para aquela pessoa. Por muito ingénua que esta ideia pareça, creio que é a conclusão mais imediata que se retira de um qualquer caso de infidelidade - o que não suportamos, mais do que tudo, é a ideia de perder a unicidade.
Vidas virtuais
Aposto que há mais uns poucos universos virtuais que não conheço, mas estes são suficientes como exemplo para chegar ao centro do meu argumento - investir numa vida virtual, para quê? Já ouvi toda a sorte de argumentos a favor: as vidas virtuais são uma forma de superar a timidez e conhecer pessoas; os mundos virtuais permitem viver múltiplas vidas em simultâneo e em níveis que não se podem atingir na vida real; é uma forma eficaz de vencer a solidão e o tédio do dia-a-dia; permite explorar limites e fantasias; é uma forma alternativa de sonhar; Pois sim, até pode ser tudo isso...
A verdade porém é que tudo o que é virtual é uma forma de alheamento da realidade. Num mundo virtual podemos apagar os nossos erros, sem ter de viver com as suas consequências - em última análise, podemos desistir de tudo e começar do zero. Sem responsabilidades, sem cobranças. Por mim, cada vez mais me convenço que o que nos custa mesmo é pegar a vida real pelos cornos - perdoem-me a metáfora tauromáquica.
Ter
Esquecemos-nos que pertencemos àqueles pequena parte da população mundial que tem casa, trabalho, acesso à internet, comida sempre que quer e uma infinidade de bens que não consegue sequer enumerar exaustivamente. Também nos esquecemos que, de uma forma perversa como só poderia acontecer na nossa sociedade, nunca foi tão fácil resvalar para a pobreza como agora, apesar de tudo.
Se nos faltar o trabalho de um momento para o outro, gastamos, em pouco tempo, aquilo que economizámos; gastamos, em menos tempo ainda, o pouco que conseguirmos pedir a amigos e familiares, porque as redes informais de apoio são hoje mais ténues do que costumavam ser. Podemos beneficiar de subsídios e apoios. Podemos ter sorte e conseguir um novo emprego. Podemos ter uma rede pessoal tão eficiente que nos segura e nos impede de cair em desgraça. Mas na pior das possibilidades e num reino não tão remoto quanto isso, se perdermos o emprego e as economias podemos perder os bens primeiro, a casa, depois, e a dignidade, por último. Isto num espaço de tempo relativamente curto. E assim se vai parar à rua, refúgio último de toda a indigência, onde se perde a dignidade em menos de um ai. Na rua, é-se menos gente aos olhos de quem passa. Na rua, é-se praticamente invisível, mesmo quando se pede esmola entre os carros parados nos semáforos, nas carruagens do metro, nas estações de comboio... Na rua está-se exposto à inclemência dos elementos, mas isso ainda deve ser o de menos - o pior mesmo deve ser a exposição à indiferença dos nossos semelhantes.
Não, não virei a profeta da desgraça. Mas estou cada vez mais atenta. E cada vez menos indiferente. Porque acredito que quem tem, tem o dever de intervir para atenuar as diferenças. As redes sociais de outros tempos (família nuclear e família alargada, comunidade) têm de ser substituídas por novas redes, baseadas na responsabilidade social de cada um e naquilo que se convencionou chamar de consciência.
09 novembro 2007
Meias II
«Muito Obrigada pelo contacto para a Campanha - Junta as tuas meias às minhas… e torna os dias e as noites de Lisboa mais quentes!
Sempre acreditámos que JUNTOS podemos tornar Lisboa numa Cidade mais Quente… não só os pés… mas, principalmente, o coração!
Informações sobre as Meias:
- Tamanhos de adulto – que tanto dêem para homem, como para mulher;
- Preferencialmente escuras mas todas as outras são muito bem-vindas e muito agradecidas!
As Meias deverão ser entregues ou enviadas para:
Campanha – Aquecer Lisboa com Meias!
Comunidade Vida e Paz
Rua Domingos Bomtempo, nº 7
1700 – 142 Lisboa
Localizada aqui: http://www.cvidaepaz.org/images/mapas/alvalade-mapa.bmp
Queria pedir a TODAS as pessoas o favor de enviar um mail com o número de pares de Meias entregues ou enviados para a Comunidade Vida e Paz.
E a cada dia de “vida” que passa desta Campanha… mais consciência tenho de que vale a pena tentar fazer a diferença!
Uma pergunta que frequentemente nos tem surgido é se as pessoas podem oferecer outras coisas. Com efeito, aproxima-se uma altura de muito frio que torna mais necessária a angariação de agasalhos e cobertas (mantas, cobertores ou sacos-cama), pelo que também estes itens são para nós preciosos. Também a elaboração das ceias (v. abaixo "A CVPaz num minuto") beneficiará de ofertas de bens alimentares como conservas, compotas, doces, etc., e, muito necessário por ser um reforço nutricional importante, o leite. Um 6-pack de leite, p.e., dá para 30 sem-abrigo - todas as noites a CVPaz distribui cerca de 60l de leite!
A Campanha das Meias insere-se no plano de comunicação da Festa de Natal com os Sem-Abrigo, que se vai realizar a 14, 15 e 16 de Dezembro, na Cantina 1 da Universidade de Lisboa. A Festa de Natal é o evento mais emblemático da Comunidade Vida e Paz (v. abaixo "A CVPaz num minuto"), reunindo 2500 convidados para lhes proporcionar uma refeição quente e mais algum do conforto de que estão privados no resto do ano. É um esforço logístico imenso e como tal, os apoios humanos são tão necessários como os apoios monetários e em géneros. Por isso mesmo, são bem-vindos todos os que se nos quiserem juntar para tornar mais um Natal inesquecível! As inscrições são necessárias e podem ser feitas online até 21 de Novembro em www.cvidaepaz.org
Por tudo… e pelas Meias… Muito Obrigada!
Se necessitar de mais informação - por favor contacte-nos.
Muito Obrigada!
_________
A CVPaz num minuto:
·A CVPaz é uma organização que apoia os sem-abrigo, com o objectivo de os reinserir como cidadãos participativos na sociedade. É uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) tutelada pelo Patriarcado de Lisboa e com sede em Alvalade. É de inspiração cristã, mas congratula-se com o facto de ter o apoio de imensas entidades e pessoas de diferente fé e diferente fundamentação humanística, que se lhe unem no sentido de prestar serviço à sociedade.
·Distribui comida (27 000 sandes por mês) e roupa pelos sem-abrigo de Lisboa todas as noites do ano, como forma de construir uma relação com estas pessoas, que permita conhecer a sua situação e ajudá-los ou encorajá-los a entrar no programa de recuperação. Este programa é realizado num dos três centros terapêuticos da Comunidade (Quinta da Tomada, Quinta do Espírito Santo e Quinta de Fátima) e passa pela desabituação de substâncias, no caso de dependentes de álcool ou drogas, mas também e sobretudo pela aquisição duma nova atitude perante a vida e competências que aumentem a possibilidade de encontrar um emprego.
·A distribuição de comida e roupa é feita pelas equipas de rua. Cada noite, três equipas (em média, com nove elementos), percorrem três percursos diferentes na cidade de Lisboa. Várias empresas contribuem para o conteúdo das ceias (duas sandes, um bolo, uma peça de fruta e leite), e algumas contribuem também com voluntários. Contamos, p.e., com uma parceria com o El Corte Ingles, que começou com a divulgação do trabalho da CVPaz na comunicação interna da empresa há cerca dum ano e desde então temos
·A Festa de Natal é o evento mais emblemático da CVPaz. Recebe mais de 2500 convidados ao longo de três dias, proporcionando, para além da comida e roupa e higiene, o conforto físico e emocional de que estão usualmente privados. Em 2007, o Natal realiza-se nos dias 14, 15 e 16 de Dezembro, na Cantina 1 da Universidade de Lisboa. As novidades deste ano incluem animação constante, um espaço maior e exclusivo para as crianças, e contamos com a possibilidade dos nossos convidados sem-abrigo tomarem um banho quente!»
08 novembro 2007
Meias
Recebi este e-mail e não consegui ser indiferente ao apelo que ele contém:
«Campanha de Angariação de Meias para os Sem Abrigo de Lisboa
Comunidade Vida e Paz
Somos uma das muitas Equipas de Rua que colabora com a Comunidade Vida e Paz no apoio aos Sem-Abrigo de Lisboa durante a noite.
Muito Obrigada pela ajuda… e pelas meias!»
Vamos colaborar?
05 novembro 2007
Mais uma indianice
Os mais atentos vão reconhecer a música - faz parte da banda sonora do Inside Man. A canção original faz parte da banda sonora de um filme de Bollywood intitulado Dil Se. Eu gosto do ritmo e deste espírito absolutamente Bollywood, em que não há drama que impeça os personagens de dançar animadamente!
Vaya con Dios
02 novembro 2007
«De bons conselhos...
Há coisas que só podemos aprender com a experiência, com aquilo que a minha mãe costuma chamar de «sofrer na pele».
Dou por mim a tentar apoiar e/ou orientar amigos um bocado perdidos na sua vida pessoal e a ouvir que para mim as coisas são mais fáceis, porque a minha vida emocional é tranquila e feliz. Mas até chegar a esta fase da vida dei umas quantas cabeçadas, fiz asneiras do tamanho de elefantes, tive momentos muito bons e momentos que não lembram ao diabo. Provavelmente, por ter a minha conta de histórias manhosas, conheço alguns truques e sei ler alguns sinais - acima de tudo, sei que estar fora de uma situação faz toda a diferença, no que toca ao sentido crítico.
Além disso, desenvolvi um instinto de defesa digno de nota e tendo a estender essa protecção às pessoas de quem gosto, como se as pudesse poupar de determinadas dores. Esqueço-me que usar os sapatos alheios não é para todos e que ser dura nem sempre é o caminho para ajudar quem quer que seja, mesmo que dura seja a verdade, e não eu.
Ainda assim, não me canso de dizer coisas como:
- enquanto não gostarmos de nós mesmos, não importa quantas pessoas gostam;
- se uma pessoa não correr um bocadinho atrás de ti, não interessa; atenção, que isto do bocadinho é subjectivo, mas convém que sejam acções dignas de nota;
- para os homens: ela tem de te fazer sentir que és o maior;
- para as mulheres: tu és uma princesa, ele não pode ser só sapo!;
- para ambos: uma pessoa que gosta de nós, gosta de nós mesmo quando nos sentimos mais feios, menos atraentes, quando estamos constipados, quando nos atrasamos, quando não correspondemos às suas expectativas;
- sobre os erros: errar é humano. Poucos são os erros cometidos com a intenção explícita de magoar a outra parte. A gradação dos erros é subjectiva, também, mas quase tudo pode ser ultrapassado, com esforço de ambas as partes - se houver vontade. O único erro que não se pode cometer é fingir que se perdoou um erro anterior. Neste ponto, não há meias-tintas.
- as relações são construções: requerem tempo, disponibilidade, afecto, cuidado permanente e tolerância.
- não vale guardar ressentimentos: tudo o que se guarda tende a transformar-se numa arma de arremesso para utilizar no momento pior possível.
Cartão de Crédito
Hoje abri a correspondência que veio de casa do meu pai: entre outras coisas, tinha uma proposta de adesão ao Cartão Caixa MTV. Ora, isso por si não tem nada de especial excepto num pequeno detalhe... este é um cartão de crédito cujo target alvo começa nos 15 anos! A proposta vem acompanhada de um folheto que me garante o acesso aos melhores concertos, descontos nos bilhetes de festivais, presença nos eventos MTV onde poderei conhecer as maiores estrelas da música mundial (ai, ai, suspirei eu nesta parte!). Além do folheto, ainda recebi o dito cartão, o código, um contrato de adesão, respectivo envelope RSF e uma cartinha que diz que a Caixa e e a MTV pensaram em mim :D e que continua com as instruções:
- se tiveres (adoro esta informalidade!) entre 15 e 18 anos, faz A;
- se tiveres mais de 18 anos, faz B;
- (e aqui penso eu, e se tiveres quase 30? onde está a opção C?);
- ao subscreveres este cartão, ganhas um EP dos Expensive Soul!
Piadinhas à parte, há três coisas que me afligem:
- que se dê um cartão de crédito a adolescentes. Mas na volta, sou eu que sou bota de elástico!
- que o aliciamento à adesão se faça com base em descontos em concertos, ofertas de CDs e coisas que tais;
- que o meu banco, onde tenho conta há mais de 10 anos não perceba que eu já não faço parte do target deste produto. Isso quer dizer que a gestão de clientes é fraquinha, não é?
29 outubro 2007
Praia
Pecados II
(Na imagem, petit gateau. Aqui, a receita do Olivier Anquier)
Coches
O Museu Nacional dos Coches é um dos museus que povoa a minhas recordações de infância. Trata-se de um antigo picadeiro do sec. XVIII, adaptado a museu no início do sec. XX, por iniciativa da Rainha D. Amélia, e só por si merece uma visita.
Além dos coches, berlindas e outros veículos lindíssimos e respectivas equipagens, o Museu exibe a historiografia da devoção à Senhora do Cabo e uma galeria de retratos de vários Reis e Rainhas da Casa de Bragança. Fiquei triste por não ver o retrato de D. Carlota Joaquina, que já não está na galeria, onde figuram o seu marido e dois dos seus filhos. Segundo me disseram, está pendurado na parte administrativa do museu... Desperdício!
Do espólio, saliento os coches da Embaixada portuguesa ao Papa Clemente XI e o Coche da Mesa, um veículo de viagem usado na cerimónia da Troca das Princesas entre Portugal e Espanha, em 1729.
Gostei deste conceito mercantilista de trocar princesas :) Imaginem a cena interpretada à Gato Fedorento - Diz o Rei D. João V de Portugal «toma lá, ó Filipe V de Espanha, a nossa Maria Bárbara, para casar com o teu filho Fernando e dá-nos cá a tua Mariana Vitória, para casar com o nosso D. José.» Isto com toda a pompa devida às cortes riquíssimas da época... LINDO! Cheira a troca de berlindes ou cromos do Bolicao, não cheira? :)
Hermitage em Lisboa
Gostei da exposição, que é variada no tipo e qualidade das peças. Gostei sobretudo das peças que evocam a vida quotidiana da corte imperial, como as ementas para festas, os exemplares de serviços de mesa, os instrumentos médicos do czar Pedro, um trenó para crianças. Fiquei encantada com a miniatura das insígnias reais feitas em metais e pedras preciosas pelas oficinas de Carl Fabergé para o czar Nicolau. A última família da Dinastia Romanov está amplamente representada por fotografias, retratos, alguns painéis informativos.
Não fiquei fascinada com o espaço. Creio que tinha expectativas muito elevadas relativamente à Galeria de Pintura do Rei D. Luís - saiu-me um espaço com chão pintado de cinzento, com as cantarias maltratadas em muitos pontos e com ar de não ter sido varrido como deve ser. Provavelmente, são percalços de uma inauguração... impressões a corrigir numa segunda visita!
23 outubro 2007
Dumbledore Gay?
Não adianta discutir que a personagem em causa tem comportamentos assexuados durante toda a série, como a grande maioria das personagens, aliás. Dizer que a autora sempre imaginou o personagem como gay é supérfluo agora; acreditar que um anúncio a posteriori da edição do último livro da série irá fomentar a tolerância para com as pessoas homossexuais é o mesmo que acreditar no Pai Natal. Isso talvez acontecesse se a personagem fosse abertamente gay durante o desenrolar da história; por esta via, não acontecerá, certamente. Ou a senhora acha mesmo que as pessoas que não leram ainda os livros vão lembrar-se desta declaração quando os lerem e ser mais tolerantes por isso?
A seguir alguém lhe faz uma pergunta parva sobre a antipatia do tio Vernon por feiticeiros e a autora responderá que ele tinha ambições a ser um :) tinha a sua graça, também... Aguardemos mais sessões públicas de perguntas!
19 outubro 2007
A saída
Quanto a mim, agora é meia bola e força!
17 outubro 2007
16 outubro 2007
Oumou Sangaré
Gosto do som, mesmo não sabendo sempre o que ela está a cantar. Deve ser da minha tendência para gostar de tudo o que não seja demasiado batido. Já me disseram que, um dia destes, estarei a ouvir a música desconhecida dos pastores húngaros de pés descalços ® :)
Bruxelas
Quero ir a Bruxelas!
Quero um subsídio de viagem!
Quero ajudas de custo!
Quero férias!
Quero companhia :)
[E aqui abro um parêntesis para dizer que estou MUITO esquisita nisso de escolher ou aceitar companhia para viajar - se pensou responder ao meu repto mas acha que uma ou mais das frases abaixo o/a descreve, esqueça! :)
- «Em férias acordo cedo e espero que a minha companhia faça o mesmo»;
- «Faço roteiros de locais a ver que sigo religiosamente»;
- «Em museus, espero que a minha companhia me acompanhe a par e passo»;
- «Andar não é para mim»;
- «Sou um ás com mapas»;
- «Não bebo, não fumo, não danço, não gosto de chocolate, não sei jogar à sueca»;
- «As férias com amigos servem para pôr a conversa em dia»;
- «Gosto de fazer poses e tirar muitas fotografias»;
- «Fico rabujento/a se não como/durmo a horas».
12 outubro 2007
A evolução da espécie
Eu ainda sou do tempo em que este senhor usava um farfalhudo bigode e aparecia nos programas da manhã da RTP, atrás de um balcão de cozinha, enfarpeladinho de branco, cortando vegetais, provando comidinhas, falando na necessidade de fazer uma alimentação correcta, com receitas simples. Era mais sisudo nessa altura, creio. Isso, ou o bigode impunha mais respeito!
Os pratos ficavam bonitos na televisão, as receitam eram fáceis - ainda me lembro de apontar receitas e quantidades num papel. Toda a gente tem memórias televisivas do tempo da outra senhora; eu tenho o Goucha. E tenho saudades desta sua faceta. Não me queiram mal por isso.
Modernices
Dizia uma senhora, entrevistada esta manhã no Santuário, que aquele Cristo só com uma perna e com a cabeça angulosa não lhe diz nada. Já do nosso Papa velhinho gostou muito. Noutros tempos, tais atentados à santa imagem do senhor dariam fogueira. Modernices! A seguir retratam Nossa Senhora de mini-saia, querem ver? :)
As celebrações do fim-de-semana, em que se comemoram os 90 anos das aparições serão vigiadas pela GNR, na Operação Trindade, nome muito a calhar num momento repleto de solenidade religiosa. Gostava de conhecer o artista que inventa os nomes destas mega-operações policiais! Provavelmente, estas pérolas ocorrem-lhes nos intervalos da escrita de scripts para a TVI.
Sic transit gloriae mundi!
(Admitam que esta citação vem mesmo a calhar - quase tanto como o nome da operação dos nossos gê-nê-rês!)
Retrato de família
- marido a implicar com a mulher;
- mulher a mandar o marido para determinadas partes anatómicas;
- mãe a ralhar com a filha, normalmente por causa da escola ou das horas tardias a que chega a casa;
- filha a expulsar a mãe da sua secretária, porque precisa de ver o messenger;
- pai a implicar com a filha, por causa da roupa, do namorado, dos estudos;
- filha a responder torto ao pai;
- mãe a contemporizar a situação;
- mulher falando enternecida sobre o cão da família.
11 outubro 2007
Slaï
O que importa neste post não é a imagem manhosa, é a música!
Canta o tipo a certa altura:
Rien n'importe plus à mes yeux maintenant que celui de te rendre heureuse.
Princesas, não era? :)
Verão de Outubro
10 outubro 2007
my bones
04 outubro 2007
Birmânia
Porque sim...
Civil War, November Rain, Don't Cry, Knocking on Heavens' Door. You Give Love a Bad Name, Bad Medicine, Living on a Prayer.
Grandes e inesquecíveis bailes da escola, onde se começavam e acabavam amizades, namoros e curtes. Improváveis momentos. Ser a menina copinho-de-leite ao lado de quem se mandava sentar os mauzões da turma, de castigo. O «rebelde» da minha turma do 6º ano cantava-me Bon Jovi baixinho durante as aulas.
Figurinhas de que nos lembramos hoje, entre muitas gargalhadas. Imagens de marca. Rockers com ar sujo, despenteados, mal vestidos, totalmente adorados. As pulseiras de borracha preta que eram vedantes de bidons; as pulseiras de pele que ficam mal-cheirosas com o tempo. Posters: Bravo, Smash Hits, Pop Rock, Super Som. Cassetes manhosas que se ouviam N vezes, até gastar. Ver o Top+ e gravar clips. Ir à Valentim de Carvalho, no Rossio.
Apetece-me saltar.
03 outubro 2007
02 outubro 2007
Sempre a bombar :)
Terapia do dia, antes que o mau tempo, o trabalho e os miúdos a esganiçarem-se no karaoke montado na Alameda da Universidade me tirem do sério: bombar a pasta inteira das kizes, com headphones :) Em fila de espera estão pérolas como kazangá, pura ilusão, materialista, allô cherie, bo é tudo que neste e o mar. Adivinha-se uma tarde em grande!
01 outubro 2007
de uma das minhas bandas preferidas
Hey, what's happened to our lives?
When did you and me forget how to have a good time?
And we gotta get back to the life
That we forgot 'cos we got too much on our minds
Hey, we got to make some time for the stuff that you can't buy
And get a life 'cos you know all that serious stuff ain't no fun
Who says you can't be happy all the time?
I know but I'm still gonna try
Hey let's all go out tonight
Why don t you and me go out and have a good time?
Make our life a supernatural high
Cos we're both leaving all that bad stuff far behind
Hey there's gonna come a time you kiss it all goodbye
So get a life 'cos you ain't got a clue when that day's gonna come
Who says you can't be happy all the time?
I know but I'm still gonna try
Who says you can't be happy all the time?
Say what you like but I'm still gonna try
Who says you can't be happy all the time?
I know but I'm still gonna try
Who says you can't be happy all the time?
I know but I'm still gonna try
Who says you can't be happy all the time?
Say what you like but I'm still gonna try
But I'm still gonna try
But I'm still gonna try
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Happy | Lighthouse Family
Emigrar ou não?
Não duvido que há muito quem tenha saído do país e esteja satisfeito e não condeno quem faz essa opção - o que não tolero é um certo ar de superioridade com que alguns dos que saem falam sobre quem faz a opção consciente de não emigrar. Emigrar não é uma solução mágica para todas as dores.
Felicitações laranja
Na sexta-feira, o Dr. Luís Filipe Menezes ganhou as eleições directas para o cargo de presidente do PSD. Não sendo particularmente apreciadora do senhor e do seu estilo a dar para o popularucho, não deixei de aplaudir a sua vitória. Gosto quando ganha aquele que era dado como perdedor à partida: em política, nada é certo e eleições livres têm sempre uma margem de incerteza que não se deve desprezar. Gosto de ver a vontade popular expressa, mesmo quando esta não augura muito de bom para o partido ou para o país - não é de crer que o novo líder do maior partido da oposição seja um opositor à altura do actual líder do Governo: o tempo dirá se tenho ou não razão.
O voto dos militantes do PSD no Dr. Menezes pode não ter sido um voto de confiança na sua liderança, mas foi claramente, um voto de descontentamento com o seu antecessor e com o seu comportamento em campanha. Um líder em exercício é um líder, mesmo que esteja em plena campanha eleitoral - não deve usar determinadas armas, nem deve descer a determinados patamares, sob pena de perder o respeito daqueles que lidera. Nunca se viu uma campanha tão feia, tão suja, tão cheia de trocas de galhardetes, tão sem ideias, tão recheada de truques e manigâncias a cheirar a tramóia dos instalados no poder como esta. Se esta eleição prova alguma coisa, prova sobretudo que o eleitorado do PSD não anda a dormir.
Ao novo líder cabe mostrar que tem mais substância do que aquela que lhe é atribuída. Vamos ver do que consta a sua moção e a sua estratégia. Até lá, algum benefício da dúvida é-lhe devido. Parabéns, Dr. Menezes!
28 setembro 2007
comentários
E agora, a parte séria - por que motivo é que nos escondemos sob um pseudónimo, mesmo num blog que é lido pelos amigos, família e pouco mais, provavelmente? Comentem, expliquem teorias e motivos! O desafio é duplo: quero saber a vossa opinião, mas também quero fazer um mini-census aos meus leitores :)
27 setembro 2007
o homem tem classe!
Sabe que mais, sr. Santana? Eu também acho que o país está doido e teria feito o mesmo :)
Estas loucuras mediáticas com o futebol chegam-me aos nervos. E não é que não goste do desporto, não gosto é do mediatismo sem sentido feito de «casos», indisciplina, dramas de alcova de dirigentes e jogadores e deste ou daquele resultado menos esperado num jogo. Como é que se justifica que todos os noticiários que vi desde o fim da noite de ontem até ao início desta manhã tenham iniciado com as notícias da Carlsberg Cup? É demais... e não há pachorra para isto.
21 setembro 2007
O salvamento
Numa das minhas pequenas pausas da tarde, reparei numa lagartixa bebé dentro da sala. Tenho dificuldade em matar bichedo que não me incomoda, e aquela, ainda para mais, era bebé. Decidi salvá-la.
Como, como? A única ideia que me ocorreu foi metê-la num envelope e despejá-la na rua. Arranjei um envelope dos grandes (sim, porque ser amiga do bichedo é uma coisa, tocar-lhe é outra conversa!) e outro dos médios, para a empurrar. Essa foi a parte fácil. O pincel foi para tirá-la de dentro do envelope, sem o inutilizar - quem disse que um envelope que já serviu para carregar uma lagartixa não serve para mais nada?
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27/09/07: cumpre-me corrigir a indicação sobre a espécie do bicho em questão. Já várias pessoas me disseram que o bicho da fotografia que ilustra este post é uma osga. Confesso que não sou grande entendida em bichedo desta laia. Procurei por «lagartixa» no Google e apareceu-me a imagem que já viram, parecidíssima com o bicho que eu resgatei. Afinal, esta era uma osga bebé!
Citando...
«A realidade é dolorosa e imperfeita», dizia-me, «é essa a sua natureza e por isso a distinguimos dos sonhos. Quando algo nos parece muito belo pensamos que só pode ser um sonho e então beliscamo-nos para termos a certeza de que não estamos a sonhar - se doer é porque não estamos a sonhar. A realidade fere mesmo quando, por instantes, nos parece um sonho. Nos livros está tudo o que existe, muitas vezes em cores mais autênticas, e sem a dor verídica de tudo o que realmente existe. Entre a vida e os livros, meu filho, escolhe os livros.»
20 setembro 2007
Desânimo
17 setembro 2007
Lobos e outros bichos
Se entretanto houver eventos de outras modalidades, temos pena... transmiti-los, na íntegra, em sinal aberto, é que nem pensar! Já bem basta ter de noticiar vitórias e medalhas, quando elas acontecem :) E nessas alturas, lá levamos as mesmas imagens de injecção, vezes sem conta...
Quando é que fazemos todos um boicote aos canais em sinal aberto? O melhor era mesmo marcarmos uns dias de boicote à TV, em bloco!
O meu oftalmologista
10 setembro 2007
Sodade II
07 setembro 2007
Colegas de casa
05 setembro 2007
Canibalismo
04 setembro 2007
Crónicas do apartamento VIII
- dizem que se um gato tiver a mania de se armar em «marcador de território» e urinar pelos cantinhos da casa, o melhor é colocar pimenta nesses sítios, porque lhe afecta o olfacto e lhe tira os apetites marcadores;
- li algures que a pimenta também afecta o olfacto dos cães de caça;
- as formigas seguem sempre o mesmo caminho por deixam pistas olfactivas, que as suas colegas de formigueiro detectam;
- é do conhecimento geral que o sal (de cozinha) esteriliza a terra;
- as formigas gostam de açúcar; por oposição, não devem gostar de sal!
29 agosto 2007
Onde está o Verão?
27 agosto 2007
Postais de aniversário
- Determinados animais são bons felicitadores: os macacos, sobretudo os chimpanzés, têm lugar no pódio, seguidos por cãezinhos, gatinhos e porcos. Para quem não aprecia os mamíferos, arranjam-se patinhos, pintaínhos e desenhos de sapos.
- Se a capa do postal não tiver um animal, terá provavelmente, serpentinas, balões, um bolo de aniversário e/ou flutes de champanhe, em combinações diversas; também pode ter flores com ar de terem sido desenhadas para estampagem em pratos dos anos 40;
- Há ainda a versão «postal com o número de anos celebrados pelo receptor», com serpentinas e balões também.
25 agosto 2007
Princesa da comunicação :)
- Estás pronta?
- Não. - E corre para a sala.
- Que te falta? - pergunto eu.
- Falta-me o meu telemóvel!
Saca do seu telemóvel de plástico de dentro da arca dos brinquedos e mete-o no bolso.
- Mana, eu já estou pronta!
17 agosto 2007
Lobo hombre en Paris
Não me lembro de quando ouvi esta canção pela primeira vez. Sei que era esta versão ao vivo. Sei que gosto dela desde essa primeira vez. Hoje desencantei-a no fundo de uma das minhas pastas de mp3.
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Cae la noche y amanece en París.
En el día en que todo ocurrió.
Como un sueño de locos sin fin.
La fortuna se ha reído de ti.
Sorprendido espiando,
el lobo escapa aullando
y es mordido por el mago del Siam.
La luna llena sobre París
ha transformado en hombre a Denis.
Rueda por los bares del Bulevar.
Se ha alojado en un sucio hostal.
Mientras está cenando,
junto a él se ha sentado
una joven con la que irá a contemplar
la luna llena sobre París.
Algunos francos cobra a Denis.
Lobo-Hombre en París.
Su nombre Denis.
Efeméride
16 agosto 2007
Adivinhem o que é o jantar...!
(receita a olhómetro)
esparguete
chouriço (sem ser de fumeiro de lenha)
azeite
alho
cebola
louro
orégãos
polpa de tomate ou tomate fresco
ovos (aproximadamente um por pessoa)
sal
pimenta (preta, de preferência)
Refoga-se a cebola, o alho e o chouriço às rodelas num bocadinho de azeite (pouquinho, porque o chouriço é gordo!). Junta-se a polpa de tomate ou o tomate sem pele, o louro e os orégãos. Acrescenta-se a água e o sal. Quando a água ferver, coloca-se a massa e deixa-se cozer. Quando a massa estiver al dente, juntam-se os ovos batidos e mexe-se. Rectifica-se o sal, junta-se pimenta a gosto e mais orégãos.
14 agosto 2007
Pérola queirosiana
«... o Pessimismo é uma teoria bem consoladora para os que sofrem, porque desindividualiza o sofrimento, alarga-o até o tornar uma lei universal, a lei própria da Vida; portanto lhe tira o carácter pungente de uma injustiça especial, cometida contra o sofredor por um Destino inimigo e faccioso! Realmente o nosso mal sobretudo nos amarga quando contemplamos ou imaginamos o bem do nosso vizinho - porque nos sentimos escolhidos ou destacados para a Infelicidade, podendo, como ele, ter nascido para a Fortuna. Quem se importaria de ser coxo - se toda a humanidade coxeasse? E quais não seriam os urros e a furiosa revolta do homem envolto na neve e friagem e borrasca de um Inverno especial, organizado nos céus para o envolver a ele unicamente - enquanto em redor toda a humanidade se movesse na luminosa benignidade de uma Primavera?»
13 agosto 2007
Estrelinha
So unimpressed but so in awe
Such a saint but such a whore
So self aware so full of shit
So indecisive so adamant
I'm contemplating thinking about thinking
It's overrated just get another drink and
Watch me come undone
(come undone)
They're selling razor blades and mirrors in the street
(come undone)
I pray that when I'm coming down you'll be asleep
(come undone)
If I ever hurt you your revenge will be so sweet
Because I'm scum, and I'm your son,
I come undone
I come undone
So rock and roll, so corporate suit
So damn ugly, so damn cute
So well-trained, so animal
So need your love, so fuck you all
I'm not scared of dying
I just don't want to
If I´d stop lying I'd just disappoint you
I come undone
(come undone)
They're selling razor blades and mirrors in the street
(come undone)
I pray that when I'm coming down you'll be asleep
(come undone)
If I ever hurt you your revenge will be so sweet
Because I'm scum, and I'm your son,
I come undone
So write another ballad
Mix it on a Wednesday
Sell it on a Thursday
Buy a yacht by Sunday
It's a love song
A love song
Do another interview
Sing a bunch of lies
Tell about celebrities that I despise
And sing love songs
We sing love songs
So sincere
So sincere
(come undone)
They're selling razor blades and mirrors in the street
(come undone)
I pray that when I'm coming down you'll be asleep
(come undone)
A young pretender and my crowds above can see
I come undone
I am scum
Love your son
You gotta love your son
You gotta love your son
You gotta love your son
Love your son
I am scum
I am scum
I am scum
As putas do senhor
Ando um bocado dispersa nas minhas leituras :) Em pouco tempo, tive dois «despertadores de apetite» para ler este livro. Como apetites literários são coisas sérias, tratei de me fazer a vontade e adquiri o dito. García Márquez escreve os amores de um homem de 90 anos, retratando-os de forma menos sórdida do que o título sugere. É pequenito e lê-se bem. Gostei.
10 agosto 2007
Platoon
Era miúda quando vi este filme pela primeira vez. Creio que foi o primeiro filme que me fez perceber que a guerra é uma situação de excepção em que muito do que existe de melhor e de pior num ser humano se revela, em condições que nem consigo imaginar a sério, porque não sei o que é a guerra real. Dizem que a guerra muda as pessoas. Dizem que na guerra vale tudo, porque o importante é sobreviver.
Há muito tempo que andava atrás deste filme em DVD - estava esgotado em todas as lojas onde procurei, e nem de encomenda se arranjava. Hoje tive a sorte de o receber pelo correio: um amigo enviou-mo de surpresa, depois de meses de busca por todo o lado. Ao amigo, o meu enormíssimo obrigado! Em tudo, tu és excepcional :)
08 agosto 2007
Mais um livro
Dizem que sou emocional, que tenho mau-feitio, que me salta a tampa com alguma facilidade. Ontem disseram-me que tenho um dispositivo chamado refilómetro, que dispara aleatoriamente e que anda particularmente activo. Daniel Goleman escreve que o cérebro humano foi concebido para ser social e se relacionar com outros cérebros e que estas relações têm influência directa no comportamento do nosso organismo, até do ponto de vista imunológico. Os comportamentos próprios ou alheios influenciam não só o nosso estado de espírito, mas também o nosso estado físico. Se soubermos gerir os nossos comportamentos sociais estaremos mais aptos a uma vida saudável. Será? Ler para crer! Ou, pelo menos, para perceber os argumentos do senhor a fundo. Numa fase especialmente stressante e turbulenta, não há como experimentar :)
06 agosto 2007
Acabei
Acabei de ler hoje Baía dos Tigres. É o relato, brutal por vezes, da viagem que Pedro Rosa Mendes fez entre 1997 e 1998 através do continente africano, ligando o Namibe (Angola) a Quelimane (Moçambique), recriando a viagem de Ivens e Capelo. Numa prosa que choca e que comove, o leitor é guiado de uma forma aparentemente aleatória pela viagem, entre os perigos de uma guerra viva em Angola e os imprevistos de um caminho longo. Uma viagem de exaustão, de medo, de fome e de incerteza sempre presentes ou à espreita. Uma viagem povoada de personagens de ocasião, passageiros do caminho, marcos da viagem, de estórias de abandono e resistência para além do que nos parece razoavelmente humano, de seus testemunhos chocantes, de uma coragem sem limites. Uma viagem que também é um impressionante registo de retalhos de vida. Cruel. Terno. Comovente. Intenso. Quase surreal. Das melhores obras portuguesas contemporâneas que conheço.
31 julho 2007
ihihih!
(funcionária) - Chefe, preciso de um favorzinho pessoal.
(chefe prestimoso) - Diga, diga! Terei todo o prazer em ajudá-la!
(funcionária) - Tem por aí uma minuta de requerimento para admissão a concurso de selecção de pessoal?
(chefe engasgado) - Mas, mas... está a pensar concorrer a outros empregos?
(funcionária sorridente) - Ó chefe... se eu não correr atrás de oportunidades, elas não correm atrás de mim!
30 julho 2007
ACABEI!
Fui.
Não fui.
Tinha-me esquecido...
27 julho 2007
Jazz moderno
Talvez não seja o género de música que ouça todos os dias. Mas agora, de novo na minha salinha, com um computador novo e dois meses de trabalho em atraso, sabem-me muito bem!
Aí vou eu!
20 julho 2007
Esta noite!
19 julho 2007
Ascenção na carreira...
Primeiro, devo apresentar o meu mais recente instrumento de trabalho:
Isto são dedeiras de borracha, utilizadas no manuseamento de papel. Ah, pois é!
Achava eu que fazia uma grande coisa no trabalho... balelas! Esta semana, descobri um outro lado do funcionalismo público, aquele em que se executam tarefas mecânicas. Desenganem-se, se acham que não há nada que aprender.
Comecei por inserir dados. Inserir dados é uma tarefa de poder, porque estamos a participar no futuro do aluno. Tem o seu ponto mais alto naquele momento em que se descobre que determinado aluno não tem acesso àquela época de exame e está a tentar enganar o sistema. Nesses momentos, o bom funcionário murmura com os seus botões: «cambada de vigaristas, pensam que me enganam!», ao mesmo tempo que continua a inserir dados.
Depois, descobri o carimbo: em cada processo, é preciso carimbar. É uma tarefa com um poder simbólico imenso: carimba-se e assina-se por cima, demonstrando a nossa eficiência enquanto funcionário! Dá um certo orgulho, desfolhar processos e ver lá pelo meio a nossa assinatura por cima de um carimbo :D
Mas o melhor mesmo é dedeira - a delícia começa no ritual da prova da dedeira: «Ai dótora, temos de experimentar, porque a dótora é pequenina mas pode ter os dedos gordinhos!». Escolhido o artefacto adequado, há que ganhar-lhe o jeito: depois é ver o papel a voar a velocidades estonteantes nas nossas mão! E voou, de facto: levei horas do meu dia a ordenar pedidos de inscrição em exames por número de aluno.
Mais um bocadinho, e posso ir trabalhar para uma dessas repartições públicas onde parece que toda a gente se arrasta e não faz pevide... Experiência começa a não me faltar!
17 julho 2007
Parte do mecanismo
27 junho 2007
Proactividade a todo o vapor
25 junho 2007
Pequenos Prazeres II
- As dádivas da minha família;
- uma caminhada;
- presentinhos;
- uma boa conversa ao almoço;
- completar uma tarefa;
- as coisinhas boas da padaria da esquina.