25 outubro 2011

A minha agenda!



Chegou ontem a minha agenda Mariquitas para o próximo ano. E está LINDA!
Ah, os ganchinhos também são Mariquitas :)

Luz




Gosto de fotografar a luz. Parece esquisito, mas é mesmo isso - tentar apanhar a luz do sol ao longo do dia, seja o sol atrás de uma nuvem, seja a luz do poente, ou a luz de um arco-íris. Estas fotografias são de hoje.


20 setembro 2011

Mais cor em casa


Quando mudei para a casa da Borbie, comecei a coleccionar ímans para o frigorífico. Alguns comprei eu, mas a maioria foi-me oferecida por amigos regressados de viagem.
Depois passei a ter um Afonso em casa, com instintos felinos muito apurados para a asneira. Arrumei os ímans depois de várias lesões - um perdeu uma parte, outro partiu-se e foi colado, outro partiu-se e não teve salvação possível. Os dias cinzentos incentivaram-me a desencaixotá-los. So far, so good :)

31 agosto 2011

Cor em casa

Regressar a um país mais cinzento custa um bocado, sobretudo nos primeiros dias. Decidi investir em apontamentos de cor em casa, para animar as hostes :) O facto de ter sido dia de entrega das mercearias ajudou à festa!





E amanhã, toca a pendurar quadros! Recebi há tempos um conjunto de reproduções de quadros do Centro de Arte Contemporânea Azeredo Perdigão da Gulbenkian. Já emoldurei e pendurei alguns, faltam mais uns quantos. Mãos à obra!

17 agosto 2011

De maneiras que hoje fui ao cabeleireiro


Ir ao cabeleireiro é, para mim, um ritual que inclui a leitura de revistas do coração, com muita fotografia, pouco texto e as últimas novidades da vida da Charlene-que-casou-com-o-Alberto e da Kate-que-casou-com-o-William, da Lili Caneças e troupe, dos famosos que eu nunca vi mais gordos e das estrelinhas de ocasião, das roupinhas mais pipis da estação e de uma ou outra receita que acho interessante mas esqueço ainda antes de lavar o cabelo.

Ao desfolhar uma edição da Caras de Julho, deparei com este texto, intitulado "Pensar em si" da autoria de Isabel Leal, psicóloga, no qual me revi em vários pontos.

"Com alguma estranheza, vai-se ouvindo dizer a algumas pessoas que não pensam em si mesmas. Dizem que deixam os dias correr, sem tempo nem disponibilidade para se interrogarem se que fazem tem, de facto, sentido. Na lufa-lufa das tarefas que se sucedem e dos acontecimentos que não param, esticam os braços qual malabarista desajeitado e lá vão mantendo um modo de vida impositivo que, sendo o seu, os arrasta e leva de reboque.
É típico das mães de família que, por entre as múltiplas tarefas comuns a toda a gente, ainda têm que gerir 2 ou 3 crianças, com actividades extracurriculares, amiguinhos e festas de anos, doenças e más-disposições. Mas qualquer indivíduo sem filhos e sem casas para gerir consegue, com demasiada facilidade, enredar-se em rotinas que esmagam. Para qualquer um, nos tempos que correm, os dias de trabalho são longos, muito longos, e cheios de miudezas, de 'post-its' coloridos pendurados um pouco por todo o lado; de listas de coisas a fazer que nunca se acabam nem completam; de sentimentos de urgência em relação ao que já devia estar feito e não consegue sair da imaginária pasta dos assuntos pendentes; de uma vaga e difusa culpabilidade instalada, à pala das visitas e telefonemas que não se fazem, da assistência que não se dá a quem precisa e deve, da gentileza que não se consegue a maior parte das vezes.
No meio disto o que há com fartura é um clima de barata tonta, de atraso permanente, de estar em falha, de esquecer coisas. No meio disto, uma ida ao cabeleireiro, umas compras pessoais mais demoradas, uma conversa leve numa esplanada fora do tempo, tem sabor de delito, quase pecado. No meio disto, parece que até é razoável não se saber a quantas se anda, não ter a certeza para onde se vai, perder o pé e correr nos dias como se fossem os dias que tivesssem querer e nos levassem, nos puxassem.
Poder pensar significa, neste contexto, o ser capaz de algum afastamento afectivo em relação a uma espécie de realidade alucinada em que se cai, nem que seja por mera distracção. Quando isso se consegue, habitualmente em esforço e em exercício de controlo da vontade, torna-se possível não só pensar em nós como pensar em tudo o resto. Com muito bons resultados, diga-se."

É verdade, eu tenho listas intermináveis e repetitivas de coisas a fazer, não consigo escrever nem ligar a todas pessoas a quem acho que deveria, na altura adequada, passo a vida achar que a vida corre mais do que eu, esqueço-me de coisas em sítios estapafúrdios e chego ao fim de cada dia cansada de nada. Mas ainda sei desligar o botão e ir às compras, esplanar ou passar meia tarde no cabeleireiro, o que, a avaliar pelo que aqui se reproduz, é sinal de que estou menos doida do que imagino. Ufas, acho que até vou dormir mais tranquila :)

12 maio 2011

Tralha a mais


Quando encontras peças bem giras no roupeiro, das quais nem te lembravas, sabes que tens muita roupa! (Isto podia transformar-se num ditado pessoal!) Ou roupa a mais, dependendo do ponto de vista. E quem diz roupa diz sapatos, écharpes, colares, pulseiras, sei lá!
Tenho dois roupeiros e umas quantas gavetas só para mim. Isto além da arca das camisolas, que divido com o mais que tudo, e de roupa ainda arrumada em malas de viagem, por falta de espaço e organização. As "descobertas" acontecem vezes suficientes para reduzir impulsos consumistas e para me incentivar a reorganizar o espólio. Resultado? Bom, agora tenho (ainda) mais coisas giras para vestir. Com o bónus de poder vir a re-descobrir pérolas no roupeiro quando o arrumar para o Inverno!

05 maio 2011

Da rotina




Moral da história, nunca estamos satisfeitos com o que temos?

(Encontrei este vídeo n' "O Complicado" e achei-lhe uma certa piada)

04 maio 2011

Férias!











Fomos para o Porto passar as mini-férias da Páscoa. Resumo das actividades, mais ou menos por ordem: namorar, namorar, dormir, namorar, comer petisquinhos portugueses, apanhar sol, esplanar, rever amigos, comer mais petisquinhos, sushi, fazer compras! Foi booooooooooooooooooom!

Info-jurássicos!



Pergunta do Visconde de Trengúcias, aqui há dias:
- Pai, o que é uma disquete?
O Pai lá explica o que e o artefacto. Depois confessa:
- Bolas, que esta agora fez-me sentir velho!

O Coelho da Páscoa

O Visconde de Trengúcias, meu enteado, tem 10 anos, a Pequena Princesa tem 6. Convidei-a para passar parte das férias da Páscoa connosco. Ter duas criancas aos saltos em casa tem muitos momentos cómicos, sobretudo quando elas são tão diferentes. O Visconde é crédulo e em muitas coisas, muito inocente. A Princesa vive num mundo de crescidos e é muito mais céptica. Ele acredita no Pai Natal e no Coelho da Páscoa, ela tem dúvidas. Apanhei esta conversa entre os dois, de passagem:
- VT: E o Coelho da Pascoa põe os ovos nos jardins e depois os meninos têm de os encontrar. É uma caça aos ovos!
- PP: Mas eu acho que os coelhos não põem ovos...!
(Pausa)
- VT: Mas eu não disse que eles os põem, eles escondem-nos.

24 abril 2011

Deve ser impulse!



Domingo de Páscoa. Gare do Oriente. Duas malas às costas, sem contar com a minha mala normal e o casaco. Destino: Porto.
Estava sozinha nem há um minuto, por vias da ida dos rapazes à farmácia. Tentava equilibrar as tralhas, enquanto me encaminhava para o café. Nisto, passa por mim um sujeito baixote, que me pareceu mesmo mais baixo do que eu. Devia ter desconfiado, quando o tal meio-metro de gente volta para trás e me estende o que me pareceu um folheto dobrado. "Isto é para si", disse o meio-metro. Pensei "Testemunha de Jeová, aqui?"
Não era um folheto religioso. Era um envelopinho de uma loja de objectos ditos místicos, chamada "Guarujá Esotérico". No verso tinha escrito o número de telefone do fulano meio-metro, acompanhado de uma frase: "Desejo te conhecer". No interior, tinha uma espécie de semente, de um azul pálido esquisito. Não sei se a devia ter engolido, para ter vontade de ligar ao fulano :)
Ri, ri, ri, ri. Quando finalmente parei de rir (demorou!), abri e fotografei o artigo. Hei-de publicar as imagens em breve. Será que alguém engata assim ou isto era para os apanhados?

18 abril 2011

Dartacão, Dartacão!


Vínhamos cantando a canção do Dartacão. A certa altura, apercebo-me que a Pequena Princesa preencheu um espaço de uma palavra que não percebia nem conhecia com outra que lhe pareceu adequada :D

Reza o original: "O amor da Julieta é o Dartacão e ela é a predilecta do seu coração"
E em versao PP: "O amor da Julieta é o Dartacão e ela é a codilecta do seu coração"

MUITO BOM, MUITO BOM!

30 março 2011

A gataria na Irlanda

Maria

Afonso

Matilde

Condomínio felino de Galway

Das semelhanças entre a crises irlandesa e portuguesa

A propósito de um artigo de opinião que vários amigos partilharam no Facebook e que eu partilhei também dei por mim a reflectir sobre as semelhanças entre a crises irlandesa e portuguesa. Existem? Não existem? Existem "mais ou menos"? Honestamente, não sei de muitos detalhes financeiros ou económicos. Devem ter alguma coisa parecida, algures, ou não seriam "a crise". Ambas fizeram cair um governo, ambas obrigaram a medidas extraordinárias de contenção de despesas.
O que posso avaliar, como cidadã/residente e espectadora de ambas, é que a crise irlandesa, apesar de ter obrigado os irlandeses a apertar o cinto, reduzindo salários e benefícios e aumentando impostos, fazendo-os pensar duas vezes antes de comprar carros novos e férias no estrangeiro, não os deixou na penúria, a fazer malabarismos para conseguir ter comida em casa até ao fim do mês e pagar as contas. A crise em Portugal tem repercussões directas nas famílias de classe média, que já lutavam para pagar contas e alimentar-se. Há relatos constantes de famílias que perdem a casa por não pagar ao banco, de crianças que vão para a escola com fome, de mais e mais famílias a recorrer a instituições de solidariedade por não terem o que comer.

Sim, é verdade que em Portugal vendem-se telemóveis topo de gama e smartphones como pãezinhos quentes e novo iPad e este não chegou para as encomendas. Dados como estes dão sempre que pensar, sobretudo numa época de crise. Mas também é em Portugal que o IVA incide a taxas ditas reduzidas sobre os bens de primeira necessidade e a taxas intermédias ou altas sobre outros de consumo regular. Na Irlanda, a maioria dos produtos de primeira necessidade (pão, leite, frutas e legumes, carne, peixe, conservas) não pagam IVA; a água engarrafada paga IVA à taxa máxima, mas só porque o consumo doméstico de água é gratuito.

Na Irlanda, a crise é sentida por todos, mas de uma forma menos aguda do que em Portugal, porque o nível de vida era à partida muito superior. Aqui, até o canalizador que repara as avarias cá em casa vai de férias a Portugal, para jogar golfe. Quantos portugueses já vieram à Irlanda de férias, apesar do fascínio por tudo o que é celta?

Comparar países, povos, mentalidades e maneiras de estar é sempre complicado e peca-se sempre pela generalização e pela assimilação de coisas que não devem ser comparadas tão directamente. As expectativas de um irlandês são em muitas coisas diferentes das de um português. Na Irlanda, houve um tempo de vagas claramente gordas, que agora estão mais magras. Eu vivi em Portugal 32 anos - lembro-me de tempos de alguma euforia e de algum desafogo, mas sempre ouvi falar da crise, de problemas económicos, de o "país estar de tanga".

É costume encontrar na imprensa portuguesa uma espécie de justificação comparativa e que dá para tudo: "Portugal está mal mas não está sozinho, até porque a Irlanda e a Grécia estão bem pior", como se isso mudasse alguma coisa ou eximisse o país, os seus governantes e os seus cidadãos de encontrar uma saída para a crise. A minha mãe costuma dizer "com o mal dos outros posso eu bem, com o meu é que não posso". Tendo a concordar com ela.
Para aqueles que gostam de comparações directas, li há dias um texto que me pareceu interessante por algumas das comparações que faz:
- Em Portugal, o salário mínimo é de 475 euros/mês.
- Na Grécia, o salário mínimo é de 739 euros/mês.
- Na Irlanda, o salário mínimo é de 1326 euros/mês.
Dá que pensar.

Enquanto cidadã, desejo que o futuro próximo não traga a Portugal e aos portugueses mais restrições, porque tenho a sensação que o país não aguenta. Não sou especialmente favorável nem me oponho ao recurso ao FMI ou ao FEEF; mas também não me revejo numa postura de enfrentar a crise "orgulhosamente sós", demonizando as instâncias e os instrumentos internacionais. Algures no meio deve haver um equilíbrio.
(texto publicado ontem, como nota no Facebook)