17 setembro 2007

O meu oftalmologista

Hoje não está a ser um grande dia... talvez por isso tenha ficado especialmente sensibilizada com a questão. Por outro lado, é verdade que tendemos a considerar que as pessoas são eternas, mesmo aquelas que não vemos com muita frequência ou a quem não somos particularmente ligadas. Liguei para o consultório para marcar uma consulta e ouço do outro lado: «O Dr. Gil faleceu.». Fiquei um bom bocado em silêncio, a absorver a notícia. O Dr. Gil era o meu médico desde os 13 anos, descobriu um problema raro que eu tinha na retina e tratou-o. Mesmo quando não me via com frequência, lembrava-se sempre de mim e das coisas de que conversávamos nas consultas. Fica uma homenagem sentida a um dos médicos mais atenciosos que conheci.

1 comentário:

Alex Snark disse...

É triste mas há solução... Penso eu!...
Consiste ela em honrar a memória das pessoas que sempre se lembraram de nós lembrando-nos nós próprios delas para sempre.

É impressionante como estranhos por vezes são tão família.

1beijo, fica bem