ontem queria ir a Mafra ou à Ericeira. por motivos que não vêm agora ao caso, acabei por aterrar na Mãe d'Água, o depósito de água do Aqueduto das Águas Livres, ali no jardim das Amoreiras. encontrei um espelho de água lindo, com uma cor gloriosa e aquele som inconfundível da água a pingar. conquistei um palmo de terreno ao meu medo de água funda e escura - o depósito tem uma altura respeitável e uma plataforma flutuante, na qual estive alegremente com o meu livro 1: Baía dos Tigres, do Pedro Rosa Mendes. descobri uma vista fabulosa para Lisboa, o rio, a outra margem - talvez só ultrapassada pela visão do mar da palha que se tem do telhado de Santa Engrácia.
Lisboa é uma cidade surpreendente. como boa lisboeta-de-subúrbio que sou, conheço menos do que devia... e sempre que saio à descoberta, encontro novas razões para me apaixonar pela cidade!
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