22 novembro 2007

E falando em perguntas inconvenientes...

... que dizer do célebre «então quando é que tens filhos?» que normalmente vem a seguir ao «quando é que casas?»?
A minha mãe fala em netos e sobrinhos para a minha irmã pequena ter com quem brincar; os amigos estão a tratar da descendência; eu nem penso nisso! Perguntam-me com frequência se não quero ter filhos. Honestamente...? Nem por isso! Não é que não goste de crianças - dou-me lindamente com as crianças dos outros. E é aqui que reside o maior encanto delas: são filhas de outras pessoas, que as levam para casa no fim do dia, deixando-me entregue ao meu tempo e ao meu silêncio.
Se acompanhar a minha irmã pequena teve algum efeito em mim, foi no sentido de me fazer valorizar mais o meu tempo - aquele que não é gasto com mais ninguém senão comigo e que se perde quase totalmente, quando se tem um filho. As crianças precisam de atenção constante. O que têm de encantadoras também têm de pequenos sorvedouros de recursos de todos os géneros. Pode parecer egoísta, e na volta é mesmo... mas prefiro ser uma egoísta com noção das minhas limitações do que aventureira, sobretudo quando o que estará em causa é o bem-estar de uma pessoa que não pediu para nascer.

1 comentário:

Alex Snark disse...

Os filhos dos outros são tão fixes, é verdade...

Mas olha que já penso nisso, nem que fique limitado em orçamento.
Não sei... Também falta com quem!
:P