Nos últimos tempos, tenho cruzado com alguns dos filmes que me marcaram, na programação de vários canais de televisão.
Sábado, à hora a que estava a pensar aterrar, descobri que ia passar o Fight Club na televisão. Sei por que motivo gostei tanto do filme, na época em que o vi no cinema, e confirmei que a magia ainda lá estava. A supresa do homem anónimo comum, aparentemente normal, que precisa de um escape da sua vidinha corriqueira e que tem em si um potencial destrutivo inimaginável. Psicoses. Doenças. Solidão. Fugas. Somos criaturas assustadoras, é o que é.
E por criaturas assustadoras: não fui capaz de rever o 8mm - vi um par de cenas e chegou. Foi uma martelada, quando o vi no cinema. Perturbou-me muito. Detalhes do filme ficaram-me marcados até hoje. Os horrores que se escondem nos recônditos das pessoas que se cruzam connosco nos passeios, no metro, nos corredores dos centros comerciais. E a tentativa de redenção, que é em si um horror... violência que gera violência.
Vi o meio de La Reine Margot. O meu primeiro filme francês. Drama, sangue, política e intriga. Trajes de época. Uma paixão. Morte. História romanceada. Boas cores. Lindíssima Isabelle Adjani.
Cacei um pedaço do Leaving Las Vegas. Filme brutal. Potencial destruidor de cada ser humano, mais uma vez. O mal que conseguimos infligir-nos, conscientemente, como se não tivéssemos alternativa ou escapatória. E o Amor. o Amor desesperado, desesperante, incondicional e feito de aceitação, de reconhecimento do desespero alheio e de vontade de alterar o curso das coisas. O Amor-dádiva. O Amor brutal, o Amor apressado, o Amor sôfrego de aproveitar todos os momentos possíveis. Esplendoroso Amor. Triste Amor. Comovente Amor.
1 comentário:
3 grandes filmes!
Comprei o Fight Club para rever exactamente com a mesma nostalgia (e cum caraças, deu na tv 1 mes depois...).
O 8mm ainda n vi... (é bom ou não?)
La Reine Margot - excelente;
Leaving las Vegas - extraordinário.
(Mas que bom gosto cinematográfico a minha cara borboleta tem!)
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