18 agosto 2006

Carlos Paião

Era um senhor da música portuguesa: inovador, ousado, criativo. Lembro-me de o ouvir, quando era pequenina, a cantar nos programas de televisão ou na rádio. Toda a gente cantou Pó de Arroz e Cinderela; muitos ainda se recordam da Cegonha, de Playback, da Marcha do Pião das Nicas, do Vinho do Porto (em dueto com a Cândida Branca-Flor).
Gosto da simplicidade com que escrevia e transmitia emoções. Gosto do sentido de humor que algumas das suas letras contêm. Gosto da sua versatilidade, que lhe permitia escrever poemas sérios sobre o amor, odes ao vinho do porto, exercícios sobre o calão e sátiras sobre as sogras (na sua colaboração no Hermanias, onde escreveu canções para o Serafim Saudade).
Há alguns anos, a Inoportuna, Tuna Masculina da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, criou um medley de alguns temas de Carlos Paião; aposto que lhe iria agradar. Morreu num acidente de automóvel, a 26 de Agosto de 1988. Era novíssimo. Perdemos todos. Hoje estou a ouvir a compilação «O Melhor de Carlos Paião», editada em 1991. Tinha mesmo de escrever sobre um dos meus autores preferidos!

3 comentários:

Gimli disse...

Apesar de não ser propriamente o meu estilo habitual de música, ainda me recordo como se fosse ontem da tristeza que senti quando o Carlos Paião perdeu a vida. E apesar de ser mesmo muito raro ouvir ainda as músicas dele... saltam sempre ao cérebro prontas a ser acompanhadas sempre que calha. Grande Perda, de facto. Mas mesmo estando quase a fazer 18 anos que desapareceu, continua actual e divertido, e é sempre uma das boas memórias que nos assaltam de vez em quando. :)

tiagugrilu disse...

Tens gira-discos? Tenho um vinyl do Carlos Paião que te posso emprestar. Ainda é mais porreiro se ouvido assim... E dá pra fazer uns scratch's à Dj!!!

Daniela disse...

Bom dia, gostava que passasses no meu blog. Fi-lo em homenagem a este senhor da música portuguesa,que mesmo depois de morto, continua a brilhar... Quem sabe se não é uma estrela la no céu bem alto...

Obrigada