Há poucos dias, em conversa com um amigo meu, derivámos para um assunto eterno - o que é melhor? ser uma pessoa emotiva, que se preocupa e se interessa pelo que a rodeia e por isso passível de ser magoada com frequência e intensidade, ou ser de «gelo», eternamente congelado/a num desinteresse relativamente a tudo, desligado/a, isolado/a, mas mais protegido/a?
No caso concreto, somos ambos pessoas «quentes», que nos damos facilmente e que por isso nos magoamos mais do que desejaríamos. Ambos vimos a nossa vida mudar recentemente, com consequências dolorosas. A certa altura do percurso, pensámos que seria mais fácil «ser de gelo». Por via diferentes, concluímos que não sentir pode ser bom, em determinadas alturas - magoamo-nos menos, expomo-nos menos, somos mais imunes ao mal que os outros nos podem fazer. No entanto, assumimos concientemente a postura «quente» - preferimos viver intensamente, mesmo sob pena de levarmos umas cacetadas, vai não volta.
O que nos move não é masoquismo, longe disso. Ser emocional permite-nos aproveitar o que a vida tem de melhor, que é SENTIR. O que nos distingue de outras criaturas é a capacidade de sentir e gerar sentimentos e sensações nos outros - quem nunca sentiu o coração bater de emoção, anda por cá, tem todas as funções fisológicas normais mas não vive a sério. Quem nunca esteve triste a pontos de achar que esta vida é um vale de lágrimas, não será capaz de valorizar aquilo que a vida lhe oferece nos momentos bons. E para citar o meu interlocutor, «nos momentos melhores da vida, um cubo de gelo só sabe bem... no chá!»
1 comentário:
Contigo, definitivamente, quente sempre QUENTE!!! A atingir o ponto de ebulição e é por isso que eu te love you so much BROWNIE!!
AMIGAS assim é do melhor que se pode ter, espero eu, pela vida adentro. :D
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