05 setembro 2006

do outro lado

Do outro lado da tua porta
Onde os meus dedos ficaram trilhados
Na vertigem da tua fuga precipitada

Do outro lado do teu muro
Ouvindo o teu silêncio pesado
Saboreando aquilo que não me disseste
Inspirando a memória do que já foi

Do outro lado da tua janela
A tua distância é a minha
Intransponível, enorme, resoluta, penosa

Do outro lado da tua vida
No recomeço da minha
Sem te ouvir, sem te ver, sem saber de ti
Aprendendo com a tua ausência

2 comentários:

Calíope disse...

É isso mesmo cara amiga, podemos perder a viagem, mas vale a pena não perder a lição.

Anónimo disse...

"Do outro lado da tua porta
Onde os meus dedos ficaram trilhados
Na vertigem da tua fuga precipitada"

isto lembram-me quanto trilhei os dedos voluntariamente numa porta quando era pequeno. a minha mae estava com pressa e saíamos os dois quando senti uma vontade incontrolavel de colocar os dedos na dobradiça para experimentar. nunca o tinha feito antes e nunca o voltei a fazer depois. tinha 3 ou 4 anos

Faroleiro

ps: ja so faltam 5 coisas naquilo da rifa :P