19 fevereiro 2009

Gelo fino



Andar sobre gelo fino tem o seu quê de presunção: acha-se sempre que se é leve o suficiente para o fazer com segurança ou, pelo menos, com um risco muito moderado. Até ao dia em que o gelo estala e o presunçoso se afunda na água fresquinha armazenada por debaixo do gelo. Com sorte, mergulha só o pé. 
Mas até esta sorte é limitada, porque andar de pé gelado é um pincel desgraçado (se rima é verdade!). Se a aventura perdurar, mais serão as hipóteses de um banho tomar (Eheh, espirituosa, não é? Quer rimar!). E depois do banho tomado está o caldo entornado (Bolas, que ela agora não se cala com as rimas!)
Não há toalha que chegue, nem aquecedor que resolva o frio: resta andar, para aquecer... longe do gelo.

1 comentário:

Calíope disse...

Tomar banho em água gelada ainda pode ser uma benção, se comparado com partir uma perna ainda em cima do gelo. Andar no gelo é muito traiçoeiro --> não rima (ainda bem!) mas é bem verdade.