Confesso que o Bardem e a Penélope Cruz actuaram como isco. Fui ver este filme para tentar tirar as teimas e domar o meu feitio em relação ao Woody Allen. Entrei no filme esperando algum desconsolo final, saí como esperado.
O desconsolo vem de não gostar especialmente do Woddy Allen. Começo por embirrar com o ar de parvo dele. Não morri de amores por nenhum filme dele que tenha visto. E nem foram assim tantos, dada a minha embirração com o homem :) Não gosto de filmes com narrador; o ritmo morno entorpece-me; as personagens meio sonsas e sem muita profundidade aborrecem-me; o beicinho com aspirações a sexy da Scarlett Johansson arranca-me bocejos; e nem consigo reflectir muito sobre as relações que o filme retrata, porque são tão superficiais que não me deixam vontade. Não acredito que todos os filmes tenham de ser verdadeiras obras de arte, fontes de moralidades para a vida ou para reflexões muito profundas. Sou mais a favor do cinema-entretenimento do que muitos me julgam capaz de ser :) Salvam-se o Bardem e a Penélope, os cenários e a música. Ele está lindíssimo e faz um papel giro (longe do melhor que sabe fazer, mas isso não lhe foi pedido...); ela toma conta do filme, nos pedaços em que entra. Gostei da luz , adorei a banda sonora, ri muito com algumas partes do filme. Fiquei cheia de vontade de voltar a Barcelona, para me deixar encantar pela cidade.
I did my best to notice when the call came down the line up to the platform of surrender I was brought but I was kind and sometimes I get nervous when I see an open door
Close your eyes, clear your heart
Cut the cord are we human or are we dancer my sign is vital, my hands are cold and I´m on my knees looking for the answer are we human or are we dancer
Pay my respects to grace and virtue send my condolences to good give my regards to soul and romance they always did the best they could and so long to devotion, you taught me everything I know wave good bye, wish me well
You gotta let me go are we human or are we dancer my sign is vital, my hands are cold and I´m on my knees looking for the answer are we human or are we dancer
Will your system be all right when you dream of home tonight there is no message we're receiving let me know is your heart still beating
Are we human or are we dancer my sign is vital, my hands are cold and I´m on my knees looking for the answer
You´ve gotta let me know are we human or are we dancer my sign is vital, my hands are cold and I´m on my knees looking for the answer are we human or are we dancer
Começou por ser uma ideia meio parva: ir de Lisboa à Guarda ver um concerto? Seria, se não fosse um concerto da Buika, que adoramos! Fomos. E valeu imenso a pena. Num teatro novo e lindíssimo, com direito a lugares na primeira fila, ao mesmo nível do palco, fomos brindados com uma actuação de uma Buika sorridente, simpática, cheia de sentido de humor, que canta o amor e o desamor com uma emoção contagiante.
Se só a isso se tivesse resumido o fim-de-semana, já o saldo seria positivo. Mas houve mais: Santarém, Belver, Guarda, Belmonte, Penamacor, Monsanto; amigos, comezainas, castelos, montes, paisagens, riso, cantorias, conversas, compras; regresso a lugares de boas memórias e descoberta de outros; pequenas lições de história; muitas fotografias; roubar um poster e trazê-lo para casa; detestar o jantar e devorar o pequeno almoço; as cores do fim do dia; o frio; a presença da Serra da Estrela ao fundo, com o seu chapéu de neve.
- Borbie, deixa-me contar-te uma cena. Conheci um rapaz na net, o Zacarias. Não consegui nada. CACACACAACACACCA
- E esse Zacarias é vesgo, gay, tem alguma doença, ou é um camionista cinquentão e barbudo a fazer-se passar por um tipo de 30 e tal, licenciado? tendo em conta que o conheceste online... temos de fazer perguntas básicas!
- ...tem "qualquer coisa ali"....
- Começas a parecer-te assustadoramente com a Maria Joaquina (aquela nossa amiga que passa a vida a conhecer "Deuses Gregos" online). Descobre as diferenças! Passo a citar o discurso dela, com algumas flores: "Ai, conheci um macaco muito simpático, que vive na ilha da Páscoa!"
- O Zacarias tem 34 anos, diz que é divorciado.
- E vende na Feira do Relógio?
- Diz que nao tem filhos e trabalha numa empresa de construção civil.
- Ah, pronto, está resolvido o enigma: afinal é o príncipe trolha!!! Estou a imaginá-lo num andaime todo pimpão, a atirar pazadas de cimento e reboco a paredes, enquanto mica o trânsito das moças e diz pérolas como "eh, carapau! isso com molhinho à espanhola comia-se tudo!"
Era uma vez um menino órfão e muito pobre que vive na Índia. Por ser pobre, não tem direitos nenhuns, nem o direito a saber algumas coisas e a ter alguma sorte. Quando vai parar a um concurso onde se pode ganhar muito dinheiro e acerta resposta atrás de resposta, só pode estar a mentir. Porque os pobres são assim, gananciosos e mentirosos. E ser vil é apanágio exclusivo dos pobres. A generosidade e a compaixão são-lhes desconhecidas. Se tiver sorte, o pobre estará a fazer batota ou a utilizar um truque. Porque a sorte só favorece alguns... e se ele fosse uma pessoa de sorte, não seria tão pobre, pois não? A fábula não estaria completa se, lá no fundo, o menino pobre não fosse capaz de amar. E ama, de facto. Há uma menina que atravessa a história, como objecto dos seus afectos. Vi Slumdog Millionaire. Gostei muito! Não é o melhor filme que já vi, tem montes de clichés, mas tem muitos momentos brilhantes, comoventes uns, hilariantes outros. A ver, sem dúvida, seja ele ou não um candidato ao Oscar de Melhor Filme.
Andar sobre gelo fino tem o seu quê de presunção: acha-se sempre que se é leve o suficiente para o fazer com segurança ou, pelo menos, com um risco muito moderado. Até ao dia em que o gelo estala e o presunçoso se afunda na água fresquinha armazenada por debaixo do gelo. Com sorte, mergulha só o pé.
Mas até esta sorte é limitada, porque andar de pé gelado é um pincel desgraçado (se rima é verdade!). Se a aventura perdurar, mais serão as hipóteses de um banho tomar (Eheh, espirituosa, não é? Quer rimar!). E depois do banho tomado está o caldo entornado (Bolas, que ela agora não se cala com as rimas!).
Não há toalha que chegue, nem aquecedor que resolva o frio: resta andar, para aquecer... longe do gelo.
Cenário: ontem, meio de uma tarde morna, sem muito que fazer. Reunião com o Big Boss do estaminé, para planear mais um trabalho urgente, apresentado em cima do joelho. Até aí, nada de novo no reino do improviso. A personagem principal: Big Boss é uma fonte de alegria no trabalho, conhecido entre colegas pela sua excentricidade no vestir, que alegra os nossos dias e quebra alguma rara monotonia no trabalho. Ele é calças cor-de-laranja com camisas às riscas do arco-íris, sapatos de verniz com modelo da outra senhora, roupa roxa de tons diversos da cabeça aos pés, calças vermelhas e camisa com grande logo de uma marca cara, aberta o suficiente para se ver uma t-shirt da brindaria com letras garrafais anunciando um qualquer evento ou produto... um maná para a vista e para o coração. E atenção, para a idade e a rodagem, Big Boss até não é de se deitar fora. Não fosse a mania das dietas, o facto de se alimentar a meios Compal (nunca bebe um até ao fim e deixa as garrafas semeadas pelo caminho...) e de ter uma mulher e uma outra, até seria um partido bastante apetecível em casos de algum desespero! A situação: Big Boss, numa das suas indumentárias criativas, fala entusiasticamente do novo projecto da empresa, um cavalo destinado ao sucesso e a altos voos. Borbie e colegas tiram notas. Pequena pausa no discurso e Borbie levanta os olhos do papel, mesmo a tempo de olhar para o Big Boss... que traz uma T-SHIRT PRETA DE REDE (sim, rede, tipo meias de rede!) a espreitar por baixo da camisa criativa. Flash: música tipo Ibiza, uma pista cheia e Big Boss com su camiseta de rede, dançando ao ritmo de Corona. De volta à realidade da reunião, só mesmo a cara de poker pode salvar a situação!
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Corona - The rythm of the night (live, como não poderia deixar de ser)
Meredith: I can't stop, Cristina, I can't stop seeing Derek. It's not about the sex. It's not about the sex, it's about that moment afterward. The world stops, just feels so safe... So safe. I'm not ready to give that up. Does that make me sad, weak, and pathetic? Cristina: A little bit. Meredith: What do I do?
U2 - Who's gonna ride your wild horses You're dangerous 'cause you're honest You're dangerous, you don't know what you want Well you left my heart empty as a vacant lot For any spirit to haunt
Hey hey sha la la Hey hey
You're an accident waiting to happen You're a piece of glass left in a beach Well, you tell me things I know you're not supposed to Then you leave me just out of reach
Hey hey sha la la Hey hey sha la la
Who's gonna ride your wild horses? Who's gonna drown in your blue sea? Who's gonna ride your wild horses? Who's gonna fall at the foot of thee?
Well you stole it 'cause I needed the cash And you killed it 'cause I wanted revenge Well you lied to me 'cause I asked you to Baby, can we still be friends?
Hey hey sha la la Hey hey sha la la
Who's gonna ride your wild horses? Who's gonna drown in your blue sea? Who's gonna ride your wild horses? Who's gonna fall at the foot of thee?
Oh, the deeper I spin Oh, the hunter will sin for your ivory skin Took a drive in the dirty rain To a place where the wind calls your name Under the trees the river laughing at you and me Hallelujah, heavens white rose The doors you open I just can't close
Don't turn around, don't turn around again Don't turn around, your gypsy heart Don't turn around, don't turn around again Don't turn around, and don't look back Come on now love, don't you look back!
Who's gonna ride your wild horses? Who's gonna drown in your blue sea? Who's gonna taste your salt water kisses? Who's gonna take the place of me?
Who's gonna ride your wild horses? Who's gonna tame the heart of thee?
I was lying in my bed last night staring At a ceiling full of stars When it suddenly hit me I just have to let you know how I feel We live together in a photograph of time I look into your eyes And the seas open up to me I tell you I love you And I always will And I know you can't tell me I know you can't tell me
So I'm left to pick up The hints, the little symbols of your devotion So I'm left to pick up The hints, the little symbols of your devotion
And I feel your fists And I know it's out of love And I feel the whip And I know it's out of love And I feel your burning eyes burning holes Straight through my heart It's out of love It's out of love
I accept and I collect upon my body The memories of your devotion I accept and I collect upon by body The memories of your devotion
And I feel your fists And I know it's out of love And I feel the whip And I know it's out of love And I feel your burning eyes burning holes Straight through my heart It's out of love, ooh hoo It's out of love Give me a little bit serious love Give me a little full love Be full of love Fists, fists, fists full of love...
Ele está aí! O dia dos suspiros, das rosas, dos olhares melados. O dia dos peluches brancos e dos restaurantes cheios de parzinhos. Já disse que embirro solenemente com o dia de S. Valentim, mas nunca foi tão mau como este ano: o dia já paira sobre a minha agenda de trabalho há duas semanas, em promoções de tudo e mais alguma coisa, com ementas especiais, bebidas especiais, decorações especiais, presentes especiais... um nunca mais acabar de especialidades para pessoas igualmente (adivinhem lá esta!) especiais. Um enjoo! Dizem que o amor é lindo e que faz o coração palpitar. Mas este concentrado de amor só pode ser tóxico e ter efeitos secundários!