A Bolota publicou a notícia de uma petição online, que propõe a institucionalização de «Movimento Perpétuo Associativo», dos Deolinda como novo hino nacional. Achei graça à ideia, não porque desgoste d'«A Portuguesa», mas por achar que a letra da primeira canção é muito mais autêntica no retrato que faz dos portugueses. Pensemos no assunto com sentido de humor: se os hinos também são o reflexo de um povo, é mais fácil um tuga médio identificar-se com o Benfica do que com os egrégios avós (quem, mesmo?). E faltar um impresso é tão típico nosso!
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Movimento Perpétuo Associativo
Agora sim, damos a volta a isto!
Agora sim, há pernas para andar!
Agora sim, eu sinto o optimismo!
Vamos em frente, ninguém nos vai parar!
Agora não, que é hora do almoço...
Agora não, que é hora do jantar...
Agora não, que eu acho que não posso...
Amanhã vou trabalhar...
Agora sim, temos a força toda!
Agora sim, há fé neste querer!
Agora sim, só vejo gente boa!
Vamos em frente e havemos de vencer!
Agora não, que me dói a barriga...
Agora não, dizem que vai chover...
Agora não, que joga o Benfica...
e eu tenho mais que fazer...
Agora sim, cantamos com vontade!
Agora sim, eu sinto a união!
Agora sim, já ouço a liberdade!
Vamos em frente, e é esta a direcção!
Agora não, que falta um impresso...
Agora não, que o meu pai não quer...
Agora não, que há engarrafamentos...
Vão sem mim, que eu vou lá ter...
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