(Descobriu que) os seres humanos não nascem para sempre no dia em que as suas mães os dão à luz, mas que a vida os obriga uma e outra vez a parirem-se a si mesmos.
Gabriel García Marquéz, O Amor em Tempos de Cólera, adaptado
Em muitos casos, este renascer até poderia ser sinónimo de regredir :) Ou não. Os abanões da vida são momentos de avaliação: através deles descobrimos força e maturidade que julgamos não ter e conhecemos as nossas outras dimensões. Não há nada como um abanão para nos mostrar a fibra de que somos feitos. A cada embate, crescemos e reinventamo-nos, porque essa é a melhor forma de ultrapassar as crises.
29 maio 2008
23 maio 2008
cheira a fatalismo!
«Tudo o que acontece uma vez pode nunca mais acontecer. Mas caso aconteça duas vezes, certamente acontecerá uma terceira.»
In As Valquírias, Paulo Coelho
Isto é o clássico «não há duas, sem três» um bocadinho mais elaborado. Não gosto de fatalismos. Detesto a ideia de ter uma espada pendente sobre a minha cabeça. Aterroriza-me não poder escolher. Se há coisas que voltaria a repetir com gosto, há outras das quais fugiria a sete pés, se pudesse e/ou tivesse o discernimento necessário para tal.
In As Valquírias, Paulo Coelho
Isto é o clássico «não há duas, sem três» um bocadinho mais elaborado. Não gosto de fatalismos. Detesto a ideia de ter uma espada pendente sobre a minha cabeça. Aterroriza-me não poder escolher. Se há coisas que voltaria a repetir com gosto, há outras das quais fugiria a sete pés, se pudesse e/ou tivesse o discernimento necessário para tal.
memórias douradas
«Era ainda demasiado jovem para saber que a memória do coração elimina as más recordações e exalta as boas e que, graças a esse artifício, conseguimos suportar o passado»
In O Amor em Tempos de Cólera, Gabriel García Márquez
In O Amor em Tempos de Cólera, Gabriel García Márquez
19 maio 2008
Poderosa!
Titiriti - Calo Pascoal
O video é manhoso, mas a música é do power! Obrigada à caju, que me mandou o endereço :)
15 maio 2008
crescimento natural negativo
É o termo técnico para dizer que, no ano de 2007 morreu mais gente do que aquela que nasceu. Globalmente, nasceu menos gente que no ano anterior. Menos 3000 e tal bebés. Ao mesmo tempo, aumenta a esperança média de vida da população, o que significa que a população envelhece e há cada vez menos população activa para sustentar o sistema de segurança social. Lindo panorama.
No meio de tudo isto, os apoios à natalidade continuam ao nível de gotas de água no oceano. A precariedade no emprego também não ajuda, entre os estágios disto e daquilo, os contratos a prazo, os falsos recibos verdes e outras situações manhosas. Ainda há mulheres cujos contratos não são renovados se estiverem grávidas; conjugar vida familiar e carreira continua a ser complicado; as creches escasseiam e são caras; tudo o que seja «infantil» é dispendioso, dos leites às fraldas, roupas e acessórios. A isto acrescem as dificuldades com a aquisição de casa e carro e sua manutenção.
Ter um filho, actualmente, é um investimento quase impossível de fazer, mesmo descontando o investimento emocional na relação com o pai, o casório ou qualquer outra coisa do género :) Se multiplicarmos o investimento por dois descendentes, é uma festa ou uma missão impossível, dependendo da perspectiva! É que, estatisticamente, a substituição natural da população só se faz se cada mulher tiver dois filhos (o valor estatístico é 2,1 - eu é que arredondei!)...
No meio de tudo isto, os apoios à natalidade continuam ao nível de gotas de água no oceano. A precariedade no emprego também não ajuda, entre os estágios disto e daquilo, os contratos a prazo, os falsos recibos verdes e outras situações manhosas. Ainda há mulheres cujos contratos não são renovados se estiverem grávidas; conjugar vida familiar e carreira continua a ser complicado; as creches escasseiam e são caras; tudo o que seja «infantil» é dispendioso, dos leites às fraldas, roupas e acessórios. A isto acrescem as dificuldades com a aquisição de casa e carro e sua manutenção.
Ter um filho, actualmente, é um investimento quase impossível de fazer, mesmo descontando o investimento emocional na relação com o pai, o casório ou qualquer outra coisa do género :) Se multiplicarmos o investimento por dois descendentes, é uma festa ou uma missão impossível, dependendo da perspectiva! É que, estatisticamente, a substituição natural da população só se faz se cada mulher tiver dois filhos (o valor estatístico é 2,1 - eu é que arredondei!)...
14 maio 2008
Levavam todos um pontapé, se vos apanhasse a jeito!
O primeiro-ministro foi para a Venezuela, levou uns colegas de Gabinete e mais uns empresários e jornalistas. Fretou um avião da TAP e fumou lá dentro, com alguns membros da comitiva da visita oficial. Grande escândalo, manchete no Público, centenas de comentários no site do jornal... um Carnaval! Parecia-me um fait-divers transformado em notícia, independentemente da transgressão à lei; afinal de contas, transgredir transgredimos todos, a esta ou a outra lei e ninguém morre por isso. E o argumento de que o senhor devia dar o exemplo não colhe aqui para os meus lados, porque eu gosto de decidir quais as pessoas que me servem de modelo de comportamento.
Ficávamos por aqui, se o PM não tivesse decidido pedir desculpas, dizendo que não sabia que não se podia fumar dentro do avião(!) e que até tinha decido deixar de fumar, na sequência deste episódio lamentável.
Lamentável é transformar factozinhos em notícias; lamentável é a perda de tempo a comentar o comportamento do PM; lamentável é verificar que o PM se verga ao peso de uma opinião pública pseudo-chocada com a transgressão e que por isso faz um mea culpa público.
Haja paciência para tanta parvoíce!
Ficávamos por aqui, se o PM não tivesse decidido pedir desculpas, dizendo que não sabia que não se podia fumar dentro do avião(!) e que até tinha decido deixar de fumar, na sequência deste episódio lamentável.
Lamentável é transformar factozinhos em notícias; lamentável é a perda de tempo a comentar o comportamento do PM; lamentável é verificar que o PM se verga ao peso de uma opinião pública pseudo-chocada com a transgressão e que por isso faz um mea culpa público.
Haja paciência para tanta parvoíce!
07 maio 2008
Números do horror
17 mulheres mortas, só em 2008.
Vítimas de violência «passional», cometida pelos namorados, maridos ou ex-qualquer coisa, com um aumento significativo de vítimas nas camadas etárias mais jovens (20-25 anos). Estes dados foram noticiados pelas cadeias de televisão ontem e vêm reportados no Público (edição impressa) e no JN, quando a Assembleia da República debate a violência doméstica e a eficácia das leis.Li no JN um pedaço deste horror: um homem da zona de Coimbra foi constituído arguído por se suspeitar que terá matado a namorada, tendo em seguida simulado um incêndio no seu automóvel, e indo para casa dormir, enquanto ela lá ficava, a arder.
Em que espécie de país de bárbaros costumes vivemos nós?
05 maio 2008
É oficial! sou fã!
Cada vez mais gosto dele. E sei que só agora levantei o véu à sua obra! Esta canção chama-se Às vezes o amor e faz parte do último CD de originais de Sérgio Godinho, Ligação Directa. Descobri-a no fantástico Nove e Meia no Maria Matos. É caso para dizer Primeiro estranha-se, depois entranha-se!
Números mágicos
2 dias
993 superfícies comerciais
17700 voluntários
1702 toneladas de alimentos recolhidos
Prova de que todos podemos ajudar, dando um pouco, fazendo alguma coisa, mobilizando vontades. Porque mudar o Mundo está ao alcance de todos!
993 superfícies comerciais
17700 voluntários
1702 toneladas de alimentos recolhidos
Prova de que todos podemos ajudar, dando um pouco, fazendo alguma coisa, mobilizando vontades. Porque mudar o Mundo está ao alcance de todos!
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