O Grilo trouxe-me o excelente Nove e Meia no Maria Matos, de Sérgio Godinho. Tenho uma relação complicada com este cantor. A seco, acho sempre que não gosto muito dele, mas a verdade é que quando o ouço descubro-lhe sempre novos encantos. Esta é uma das minhas canções preferidas. É o lado alegre do amor, o que nos desafia a ser felizes. Muito bom!
_____
Quando
tu me vires no futebol
estarei no campo
cabeça ao sol
a avançar pé ante pé
para uma bola que está
à espera dum pontapé
à espera dum penalty
que eu vou transformar para ti
eu vou
atirar para ganhar
vou rematar
e o golo que eu fizer
ficará sempre na rede
a libertar-nos da sede
não me olhes só da bancada lateral
desce-me essa escada e vem deitar-te na grama
vem falar comigo como gente que se ama
e até não se poder mais
vamos jogar
Quando
tu me vires no music-hall
estarei no palco
cabeça ao sol
ao sol da noite das luzes
à espera dum outro sol
e que os teus olhos os uses
como quem usa um farol
não me olhes só dessa frisa lateral
desce peça cortina e acompanha-me em cena
vamos dar à perna como gente que se ama
e até não se poder mais
vamos bailar
Quando
tu me vires na televisão
estarei no écran
pés assentes no chão
a fazer publicidade
mas desta vez da verdade
mas desta vez da alegria
de duas mãos agarradas
mão a mão no dia a dia
não me olhes só desse maple estofado
desce pela antena e vem comigo ao programa
vem falar à gente como gente que se ama
e até não se poder mais
vamos cantar
E quando
à minha casa fores dar
vem devagar
e apaga-me a luz
que a luz destoutra ribalta
às vezes não me seduz
às vezes não me faz falta
às vezes não me seduz
às vezes não me faz falta
30 abril 2008
Ensaio sobre o amor
Desde meio do mês que pretendo escrever este post. Por vários motivos, adiei. Para começar, porque o tema surgiu a propósito de um episódio da Anatomia de Grey, episódio esse que se prolongou por 3 partes, a última das quais transmitida esta noite. Depois, porque fui reflectindo na arrogância daquilo que classificamos como comportamentos correctos e na facilidade que temos em julgar os outros, como se fôssemos donos da verdade.
A verdade. Já escrevi sobre a verdade algumas vezes, pelo que não me vou alongar muito sobre ela. A verdade é relativa; em nome das nossas verdades, julgamos saber tudo e achamo-nos muitas vezes dotados do poder de apontar o dedo e atirar pedras a outros que não pensam como nós nem agem como nós achamos que agiríamos se estivéssemos no seu lugar. Fazemos futurologia e atiramos palpites com demasiada facilidade, esquecendo que somos sempre mais permissivos connosco.
O amor. Também já escrevi sobre o amor. O amor torna-nos diferentes: capazes de abraçar este mundo e o outro, quando corre bem; capazes de virar o universo, quando corre mal. Salvo raras excepções, poucos de nós vivem o amor maioritariamente altruísta, despojado de sentimentos menores lá pelo meio. Fazemos, em nome do amor, coisas que não lembram a ninguém, nem a nós, se não amássemos. Ultrapassamos limites, cruzamos fronteiras, mergulhamos em partes de nós que desconhecíamos ter. Queremos ser amados, genericamente. Somos seres gregários e precisamos de afecto. Queremos ser amados por aqueles que amamos. E quando amamos, achamos sempre que as coisas farão mais sentido se aquela pessoa estiver ao nosso lado. Com as suas virtudes (enormes) e defeitos (irrisórios), a pessoa que nos vibra uma determinada corda é a pessoa mais fantástica que existe e faremos o que for preciso para a ter e/ou conservar. Ser amado é ser especial, por isso o desejamos tanto. O brilhozinho nos olhos do outro, o reconhecimento das nossas qualidades mais secretas, o nó na garganta e as borboletas no estômago que precedem o revirar da nossa intimidade emocional e física são sensações únicas e sempre novas. Preciosas. Mágicas. Eternas.
Na Anatomia de Grey, Izzie apaixonou-se Denny, um paciente candidato a um transplante cardíaco. Por ela, por ele, pela opção de um futuro a dois, fez uma escolha questionável: fazê-lo piorar, falsear o estado dele, de forma a que ele obtivesse um coração. Conseguiu o coração. Prejudicou a sua carreira e encontrou o amor. Denny morreu, apesar de tudo. Porque, ao contrário do que sentimos quando amamos, não temos super-poderes. Podemos dar tudo de nós e ter sorte, mas podemos perder em toda a linha. Isso também faz parte do amor, por muito doloroso que seja.
Meredith ama Derek. Derek ama Meredith. Pelo meio, fica Addison, a mulher dele, que o traiu com o seu melhor amigo, como medida extrema para obter a sua atenção. Por dever, por fé, por algum amor, Derek decidiu ficar com Addison, mesmo amando Meredith. O problema é que as escolhas nem sempre são fáceis de gerir, sobretudo quando a opção que preterimos está ali tão a jeito, lembrando-nos que poderíamos estar numa situação diferente. As maldades que nos fazemos e fazemos àqueles que amamos deixam cicatrizes. A culpa pesa toneladas. E o amor pode ter mais de um rosto em simultâneo, sim. O truque é assumir uma decisão, sem olhar para trás, porque a contemplação do passado rouba-nos o presente e a oportunidade de futuro.
Cristina ama Burke e é amada por ele. Mas não sabe lidar com a ligação a outra pessoa, porque acredita que terá de prescindir de si. Quando Burke é ferido e a sua vida e carreira correm perigo, Cristina foge, acreditando que, dessa forma, se preservará da dor. Só o carácter definitivo da perda de Izzie a faz entender que ter um amor com sequelas e desafios é preferível a não o ter de forma nenhuma.
Ao fim e ao cabo, o amor é uma experiência, com toda a sorte de imponderáveis. Educativo, surpreendente, desafiante, às vezes penoso: o amor é tudo isso e muito mais. Podemos escolher como queremos vivê-lo e decidir onde são os nossos limites. Podemos fugir dele, mas não podemos fingir que não existe. E diante dele, devemos ter a humildade suficiente para saber que não sabemos tudo, mesmo sobre nós, e que as circunstâncias nos levam a agir de formas estranhas e até reprováveis. Eu sou apologista de ir a jogo, sempre - se perder, que seja por muito, porque é sinal que tentei tudo e lutei até ao fim. Aquilo que deixámos de fazer por medo ou vergonha pode pesar-nos mais do que aquilo que fizemos e correu mal.
A verdade. Já escrevi sobre a verdade algumas vezes, pelo que não me vou alongar muito sobre ela. A verdade é relativa; em nome das nossas verdades, julgamos saber tudo e achamo-nos muitas vezes dotados do poder de apontar o dedo e atirar pedras a outros que não pensam como nós nem agem como nós achamos que agiríamos se estivéssemos no seu lugar. Fazemos futurologia e atiramos palpites com demasiada facilidade, esquecendo que somos sempre mais permissivos connosco.
O amor. Também já escrevi sobre o amor. O amor torna-nos diferentes: capazes de abraçar este mundo e o outro, quando corre bem; capazes de virar o universo, quando corre mal. Salvo raras excepções, poucos de nós vivem o amor maioritariamente altruísta, despojado de sentimentos menores lá pelo meio. Fazemos, em nome do amor, coisas que não lembram a ninguém, nem a nós, se não amássemos. Ultrapassamos limites, cruzamos fronteiras, mergulhamos em partes de nós que desconhecíamos ter. Queremos ser amados, genericamente. Somos seres gregários e precisamos de afecto. Queremos ser amados por aqueles que amamos. E quando amamos, achamos sempre que as coisas farão mais sentido se aquela pessoa estiver ao nosso lado. Com as suas virtudes (enormes) e defeitos (irrisórios), a pessoa que nos vibra uma determinada corda é a pessoa mais fantástica que existe e faremos o que for preciso para a ter e/ou conservar. Ser amado é ser especial, por isso o desejamos tanto. O brilhozinho nos olhos do outro, o reconhecimento das nossas qualidades mais secretas, o nó na garganta e as borboletas no estômago que precedem o revirar da nossa intimidade emocional e física são sensações únicas e sempre novas. Preciosas. Mágicas. Eternas.
Na Anatomia de Grey, Izzie apaixonou-se Denny, um paciente candidato a um transplante cardíaco. Por ela, por ele, pela opção de um futuro a dois, fez uma escolha questionável: fazê-lo piorar, falsear o estado dele, de forma a que ele obtivesse um coração. Conseguiu o coração. Prejudicou a sua carreira e encontrou o amor. Denny morreu, apesar de tudo. Porque, ao contrário do que sentimos quando amamos, não temos super-poderes. Podemos dar tudo de nós e ter sorte, mas podemos perder em toda a linha. Isso também faz parte do amor, por muito doloroso que seja.
Meredith ama Derek. Derek ama Meredith. Pelo meio, fica Addison, a mulher dele, que o traiu com o seu melhor amigo, como medida extrema para obter a sua atenção. Por dever, por fé, por algum amor, Derek decidiu ficar com Addison, mesmo amando Meredith. O problema é que as escolhas nem sempre são fáceis de gerir, sobretudo quando a opção que preterimos está ali tão a jeito, lembrando-nos que poderíamos estar numa situação diferente. As maldades que nos fazemos e fazemos àqueles que amamos deixam cicatrizes. A culpa pesa toneladas. E o amor pode ter mais de um rosto em simultâneo, sim. O truque é assumir uma decisão, sem olhar para trás, porque a contemplação do passado rouba-nos o presente e a oportunidade de futuro.
Cristina ama Burke e é amada por ele. Mas não sabe lidar com a ligação a outra pessoa, porque acredita que terá de prescindir de si. Quando Burke é ferido e a sua vida e carreira correm perigo, Cristina foge, acreditando que, dessa forma, se preservará da dor. Só o carácter definitivo da perda de Izzie a faz entender que ter um amor com sequelas e desafios é preferível a não o ter de forma nenhuma.
Ao fim e ao cabo, o amor é uma experiência, com toda a sorte de imponderáveis. Educativo, surpreendente, desafiante, às vezes penoso: o amor é tudo isso e muito mais. Podemos escolher como queremos vivê-lo e decidir onde são os nossos limites. Podemos fugir dele, mas não podemos fingir que não existe. E diante dele, devemos ter a humildade suficiente para saber que não sabemos tudo, mesmo sobre nós, e que as circunstâncias nos levam a agir de formas estranhas e até reprováveis. Eu sou apologista de ir a jogo, sempre - se perder, que seja por muito, porque é sinal que tentei tudo e lutei até ao fim. Aquilo que deixámos de fazer por medo ou vergonha pode pesar-nos mais do que aquilo que fizemos e correu mal.
29 abril 2008
Blindness
Adaptação do «Ensaio Sobre a Cegueira», único livro do Saramago que li até ao fim, Blindness é o novo filme de Fernando Meirelles, com estreia prevista no Outono deste ano. Como adorei o livro e a adaptação a teatro, estou mortinha para ver o filme :)
Trailer disponível aqui | Blog de Fernando Meirelles sobre o filme, aqui.
E por falar em Saramago... já começou a exposição sobre o senhor (José Saramago. A consistência dos sonhos), na Galeria do rei D. Luís I, no Palácio Nacional da Ajuda. Está patente até ao final de Julho.
Trailer disponível aqui | Blog de Fernando Meirelles sobre o filme, aqui.
E por falar em Saramago... já começou a exposição sobre o senhor (José Saramago. A consistência dos sonhos), na Galeria do rei D. Luís I, no Palácio Nacional da Ajuda. Está patente até ao final de Julho.
28 abril 2008
pérola do dia
O que nos distingue não é a quantidade de insucessos que temos, é a forma como lidamos com eles.
Sim, eu sei que repetir as minhas próprias frases é um bocado pretensioso. Mas gostei tanto desta que não resisti.
Sim, eu sei que repetir as minhas próprias frases é um bocado pretensioso. Mas gostei tanto desta que não resisti.
24 abril 2008
Ideias geniais...
Se um documento é publicado numa página de internet, faz algum sentido receber o ficheiro por mail, formatar, numerar dentro de uma categoria, publicar, imprimir, pôr um carimbo (mandado fazer de propósito para este trabalho...), datar, assinar, mandar arquivar e manter um registo em formato digital dos ficheiros publicados? Deve ser de mim, com certeza... mas isto parece-me um procedimento muito pouco simplex!
Por outro lado... eu já tinha a dedeira. Agora só me falta a escalfeta :)
Por outro lado... eu já tinha a dedeira. Agora só me falta a escalfeta :)
E viva a função pública e estas ideias peregrinas!
21 abril 2008
A Naifa, de novo e sempre
Há muitas palavras para descrever o concerto d'A Naifa, na sexta-feira, no Maria Matos: emocionante, enérgico, fabuloso, divertido, colorido, sóbrio... Cantei do princípio ao fim, no meio de um público um bocadinho mono, que respondeu melhor às canções antigas do que à novas. A energia da banda em palco, a presença avassaladora da Maria Antónia Mendes, o ritmo e o sorriso delicioso do João Aguardela, a hipnótica guitarra do Luís Varatojo, que cantou baixinho quase todas as canções, a bateria dançante do Paulo Martins, a luz discreta que por vezes explodia num fundo de cor sólida, dois encores, o início em «Pequenos Romances», tudo contribuiu para que o concerto fosse memorável.
18 abril 2008
o EMbigo e a EMoção
O Dr. Luís Filipe Menezes decidiu abandonar a liderança do PSD, seis meses depois de ter sido eleito. Deixando de lado os comentários aos ataques de que foi alvo e àqueles a que se expôs, às polémicas e aos tiros no pé, convém que se diga que ele não soube fazer as coisas, independentemente de tudo o resto. Ser líder também passa por saber agregar vontades em torno de um projecto comum. Aqui está disponível o discurso da despedida, que transcrevo:
O meu combate será este nas próximas semanas: estar junto dos militantes. (...) Vou cumprir religiosamente, ao contrário de outros do passado, as minhas responsabilidades, até ao fim. Estarei em todas as iniciativas partidárias para que me convidarem, para todas aquelas que já tenho programadas para as próximas semanas, em todos os actos de representação do meu partido. Eu cumpro os meus compromissos até ao fim. E, se este projecto, neste momento, foi interrompido, foi porque meia dúzia de pessoas com falta de sentido de responsabilidade, que só olham para o seu embigo, que não respeitam os militantes de base, que se estão totalmente marimbando para que o PSD ganhe ou perca eleições, que só pensam nos seus privilégios criaram uma condição insuportável para o PSD e para o seu líder.
14 abril 2008
Os últimos cartuchos do PREC
Discute-se o aumento das propinas cá do burgo. É uma animação! Como não podia deixar de ser, temos uma manif à porta. Aliás, a manif é dentro e fora das instalações. Dentro é um comício, com um dos de sempre a discursar com emoção. Lá fora, tocam tambores, urram cornetas e grita-se o estribilho «Aumento vergonhoso, Directivo é mentiroso!».
Deixo de parte a discussão sobre o aumento propriamente dito, porque não acho que caiba no meu blog. Confesso que não gosto especialmente desta agitação, apesar de entender que as pessoas devem lutar pelo que acreditam... mas lutar tem alguns limites, que nem sempre são respeitados - uma coisa é fazer barulho, outra é insultar e impedir que as pessoas possam fazer o que têm de fazer.
Em anos anteriores, os estudantes conseguiram passar as barreiras do aceitável; noutros, os manifestantes não chegavam às duas dezenas, mas tinham um megafone e um cão :)
Estava algo ansiosa com o dia de hoje. Tendo em conta experiências anteriores, o texto do volante que me deram à porta com os argumentos dos estudantes, o ajuntamento aqui à porta, o facto de decorrer a campanha para a Associação de Estudantes... não me apetecia nada estar cá!
E foi então que alguém me disse, com grande piada, que dada a tradição revolucionária desta casa, hoje seriam queimados os últimos cartuchos do PREC. Se pensar nisto como um momento histórico, pode ser que a coisa se passe com outro ritmo!
Deixo de parte a discussão sobre o aumento propriamente dito, porque não acho que caiba no meu blog. Confesso que não gosto especialmente desta agitação, apesar de entender que as pessoas devem lutar pelo que acreditam... mas lutar tem alguns limites, que nem sempre são respeitados - uma coisa é fazer barulho, outra é insultar e impedir que as pessoas possam fazer o que têm de fazer.
Em anos anteriores, os estudantes conseguiram passar as barreiras do aceitável; noutros, os manifestantes não chegavam às duas dezenas, mas tinham um megafone e um cão :)
Estava algo ansiosa com o dia de hoje. Tendo em conta experiências anteriores, o texto do volante que me deram à porta com os argumentos dos estudantes, o ajuntamento aqui à porta, o facto de decorrer a campanha para a Associação de Estudantes... não me apetecia nada estar cá!
E foi então que alguém me disse, com grande piada, que dada a tradição revolucionária desta casa, hoje seriam queimados os últimos cartuchos do PREC. Se pensar nisto como um momento histórico, pode ser que a coisa se passe com outro ritmo!
(tutu ruru tutu, tutu turu tuturu tururu tutu turu... )
Eu ganho!
Aqui há tempos, perdi o aro de um soutien durante a lavagem. Como era um dos meus preferidos, decidi comprar-lhe aros novos. Fui a uma retrosaria, levei o dito, experimentei um ou dois modelos e acertei no que queria. Paguei, peguei nos aros e nos meus outros sacos de compras e... deixei o soutien no balcão. Claro que nunca me ocorreu que o tivesse lá deixado, por isso, dias depois, virei a minha casa do avesso, à procura dele. Acabei por desistir, convencida que o teria deitado ao lixo (don't ask!). Hoje fui à retrosaria perguntar se o teria deixado por lá, instada por uma amiga. Fui com vergonha e quase a sentir-me parva por tal desperdício de tempo. E adivinhem lá o que me devolveram... :D
08 abril 2008
Saudades dos Ornatos!
Como a TV continua avariada [depois de uma breve passagem lá por casa, na noite de sábado para domingo, a funcionar, teve um flash no domingo de manhã e retornou à oficina], tenho mergulhado na minha coleccção de CDs, desenterrando verdadeiras pérolas. Hoje trouxe «O monstro precisa de amigos», dos saudosos Ornatos Violeta. como uma coisa puxa a outra, descobri o site do Manel Cruz, vocalista da banda, onde pode ler-se muita informação sobre a banda, descarregar músicas inéditas ou publicadas fora dos álbuns da banda, ver acordes e letras, descobrir os outros projectos em que o Manel se envolveu. Vale a pena!
07 abril 2008
O concerto
Sexta-feira foi o concerto de apresentação do novo CD da Adriana Calcanhotto no Teatro S. Luiz. Gostei MUITO! Não só porque ela tocou algumas das músicas de que eu mais gostei do novo CD, mas porque tocou uma das minhas canções preferidas de sempre, «Esquadros», durante o encore. Mas a parte melhor veio depois - sessão de autógrafos, no Jardim de Inverno. Fomos os primeiros da fila!!! Fãs, com F maiúsculo :) Houve beijinhos, fotografias, autógrafos, alguma conversa e muita risota, depois, fora do teatro.
Boas fotografias aqui. O texto é médio...
Boas fotografias aqui. O texto é médio...
Esplanadas
Eu disse que queria «esplanar»! Sexta-feira passámos pela do Hotel do Bairro Alto, com vista para o rio, mas ficámos na do Regency Chiado, com uma vista linda para a encosta do Castelo de S. Jorge. Ontem fui almoçar à do Atira-te ao Rio, com um livro, os meus óculos escuros e o leitor de MP3. Muito bom!
04 abril 2008
Macedónia
Os gregos são uns tipos peculiares. Embirram com a Macedónia, porque têm uma província com o mesmo nome. Para grande sorte de uns e outros macedónios (os gregos e os ex-jugoslavos) a província grega e o pequeno estado europeu têm fronteira em comum e tudo, motivo para fazer redobrar o mau-feitio grego. Como já não bastava a chatice nos festivais da Eurovisão por causa do nome longo de um dos estados candidatos, desta vez, o nome do pequeno estado causou confusão suficiente para adiar a sua entrada na Aliança Atlântica, até se chegar a um acordo de nomes. Creio que ainda ninguém disse aos gregos, assim de caras, «há mais Marias na terra!». E acho que deviam... é que não há pachorra para denominações do estilo «Antiga República Jugoslava da Macedónia» (F.Y.R.O.M. - Former Yugoslav Republic of Macedonia).
Resolver a questão seria uma missão porreira para o amigo George W., em vez de andar pela NATO a massacrar tudo e todos com as sua pretensões parvas de instalar um escudo anti-mísseis na Europa, para proteger a América de potenciais ataques terroristas, deixando os russos aborrecidos. Para aborrecer os russos, já basta o pedido de adesão da Geórgia e da Ucrânia à NATO...
Mas voltando à Macedónia, a minha amiga Bolota lembrou-me que o mesmo termo designa, entre nós, uma popular mistura de legumes com a qual simpatizo pouco porque não tem milho :) Fiquei a pensar que devemos ser discretos, porque senão passamos a ter os gregos à perna... e a bela da mistura de legumes ainda arrisca a ter de mudar de nome, passando a denominar-se «mistura de legumes que ousou usurpar o nome de uma província grega»!
Ainda a propósito dos legumes: há alguns anos, desapareceu uma caixa cheia de macedónia, guardada no frigorífico comum da residência de estudantes onde habitei; apareceu no dia seguinte, sem as ervilhas! Alguém se deu ao trabalho de escolher as ervilhas, por algum motivo que me transcende... não deviam gostar de feijão verde e cenoura!
02 abril 2008
Começou a época...
... do bom tempo, do sol maravilhoso, das tardes que apetece passar numa esplanada, com boa companhia, a comer caracóis. AI AI! Acho que este fim-de-semana já tenho programa :)
01 abril 2008
Encantada da vida II
Encantada da vida I
Com o novo CD d'A Naifa. LIIINDO! E com o bilhete para o concerto no Maria Matos, no dia 18 :) Cantarolo em casa, no autocarro, no trabalho. Uma festa!
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