29 janeiro 2008

«olha sempre para o lado fixe da morte»

A frase é cantada no final do espectáculo que fui ver no sábado - «Os melhores sketches dos Monty Python» - e, não sendo para levar muito a sério, é mais séria do que aparenta. Que é como quem diz: não te deixes abater, porque da tragédia pode resultar a comédia ou, pelo menos, um bem maior de qualquer espécie. No domingo, fiz a quase-derradeira mudança de casa do meu pai.

Se o primeiro acontecimento me deixou à beira das lágrimas pelos melhores motivos - a saber, o excelente trabalho de António Feio, José Pedro Gomes, Miguel Guilherme, Jorge Mourato, Bruno Nogueira e Nuno Markl (este último, na adaptação dos textos) - o segundo, deixou-me triste, porque cortar um cordão umbilical é sempre um acto definitivo. Quando ao corte acrescem desavenças evitáveis se houvesse algum bom-senso, o quadro é sempre feio. No meio de tudo isto, concluo que a única solução é ir rindo, por um lado, e canalizar as energias (boas e más) para actividades produtivas, num equilíbrio precário entre a sanidade e a loucura.

De momento, decidi investir estas energias na casa da Borbie: entre pequenas compras, ideias loucas de decoração ao melhor estilo «Changing Rooms», pendurar coisas pelas paredes, arrumar e organizar arquivos afectivos e materiais, há muito para fazer... e eu já arregacei as mangas.

3 comentários:

tiagugrilu disse...

Vê lá se precisas de ajuda do Querido, mudei a casa...!

- é que se precisas, é para ires tirando o cavalinho da chuva, que aquilo é declaradamente para as tias amigas das apresentadoras e da produção em geral...

;)

Borboleta disse...

nunca tive pachorra para o Querido :)

tiagugrilu disse...

...Não faz mal. O Querido também nunca teve pachorra para ninguém. LOLOLOLOL