28 agosto 2009
Adoro III
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The Walkmen - Canadian Girl
Por este andar, vou publicar todas as canções deste You & Me, que é bom mas bom!
A cantar na paragem
Oasis - Wonderwall
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Nunca gostei particularmente de Oasis, por isso estranhei saber a letra desta canção de ponta a ponta; estranhei mais ainda estar a cantá-la sem motivo aparente, numa paragem de autocarro, baixinho o suficiente para não parecer doida :)
Se alguma coisa, esta canção recorda-me os tempos da UMinho, dos quais creio ser contemporânea. Tocava até à exaustão em tudo o que era rádio, café, bar, sei lá. Lembro-me de a ouvir no BA; eu, que não era assídua desse espaço.
27 agosto 2009
Da liberalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo
Publiquei este video no meu Facebook e criei um debate entre duas pessoas, uma favorável e outra contrária à liberalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
A certa altura, decidi escrever o que penso sobre o tema, o que se tornou impossível dentro do limite de caracteres de uma caixa de comentários; assim, escrevi e publiquei uma nota; publico-a aqui na íntegra, para não descriminar nenhum leitor, como me lembrou um amigo :)
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Este texto surge na sequência da publicação de um video da campanha a favor da liberalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo e dos comentários que esse video suscitou. Começou por ser um comentário normal, mas cedo ultrapassou o limite de caracteres!
O casamento (nas sociedades ocidentais) já há muito que deixou de ser um acto de recompensa por serviços prestados, ou fortalecimento de alianças políticas entre famílias - a evolução dos direitos das mulheres resolveu essa parte. Apesar de ainda ser um veículo para a "legitimação" de filhos em alguns meios, já não é a única forma de os ter ou legitimar. E apesar de haver quem o use como meio para alcançar um determinado estatuto social ou para obstar à solidão, a verdade é que o comum cidadão casa porque ama a pessoa com quem decide estabelecer o contrato.
Afirmar que o casamento não está vedado aos homossexuais é cómico: apesar de não ser mentira, é uma forma de não-resposta à questão, uma vez que lhe não responde de forma cabal. O que está em causa é, na minha opinião, a consagração de direitos iguais para uniões afectivas e efectivas entre duas pessoas, independentemente da sua orientação sexual. Os homossexuais podem casar? Claro que podem, só não podem é fazê-lo com quem querem! E se os homossexuais casassem, constituiriam famílias felizes? Tenho muitas dúvidas!
Argumentar que o casamento é o único ou o melhor veículo de defesa da família é um argumento muito falacioso para quem defende que este se realize exclusivamente entre heterossexuais. Afinal de contas, o que há por aí a montes são famílias infelizes e destruturadas, saídas de casamentos heterossexuais. As famílias actuais têm modelos muito diversos, que vão da mãe/pai solteira/o, aos segundos e terceiros casamentos com filhos de relações anteriores ou ao formato "os-meus-os-teus-os-nossos", às famílias de avós e netos, tios e sobrinhos, às famílias de filhos adoptados. Muitas não resultam de casamentos. Muitas constituem-se porque alguns casamentos faliram.
Se a união civil concedesse os mesmos direitos e deveres que o casamento, não haveria a necessidade de duas figuras jurídicas, correcto? E quando a aproximação entre as duas figuras jurídicas é vetada pelo PR sob o argumento de não querer misturá-las e transformar a primeira (união civil) numa imitação de segunda categoria da segunda (casamento), é sinal de várias coisas:
A certa altura, decidi escrever o que penso sobre o tema, o que se tornou impossível dentro do limite de caracteres de uma caixa de comentários; assim, escrevi e publiquei uma nota; publico-a aqui na íntegra, para não descriminar nenhum leitor, como me lembrou um amigo :)
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Este texto surge na sequência da publicação de um video da campanha a favor da liberalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo e dos comentários que esse video suscitou. Começou por ser um comentário normal, mas cedo ultrapassou o limite de caracteres!
O casamento (nas sociedades ocidentais) já há muito que deixou de ser um acto de recompensa por serviços prestados, ou fortalecimento de alianças políticas entre famílias - a evolução dos direitos das mulheres resolveu essa parte. Apesar de ainda ser um veículo para a "legitimação" de filhos em alguns meios, já não é a única forma de os ter ou legitimar. E apesar de haver quem o use como meio para alcançar um determinado estatuto social ou para obstar à solidão, a verdade é que o comum cidadão casa porque ama a pessoa com quem decide estabelecer o contrato.
Afirmar que o casamento não está vedado aos homossexuais é cómico: apesar de não ser mentira, é uma forma de não-resposta à questão, uma vez que lhe não responde de forma cabal. O que está em causa é, na minha opinião, a consagração de direitos iguais para uniões afectivas e efectivas entre duas pessoas, independentemente da sua orientação sexual. Os homossexuais podem casar? Claro que podem, só não podem é fazê-lo com quem querem! E se os homossexuais casassem, constituiriam famílias felizes? Tenho muitas dúvidas!
Argumentar que o casamento é o único ou o melhor veículo de defesa da família é um argumento muito falacioso para quem defende que este se realize exclusivamente entre heterossexuais. Afinal de contas, o que há por aí a montes são famílias infelizes e destruturadas, saídas de casamentos heterossexuais. As famílias actuais têm modelos muito diversos, que vão da mãe/pai solteira/o, aos segundos e terceiros casamentos com filhos de relações anteriores ou ao formato "os-meus-os-teus-os-nossos", às famílias de avós e netos, tios e sobrinhos, às famílias de filhos adoptados. Muitas não resultam de casamentos. Muitas constituem-se porque alguns casamentos faliram.
Se a união civil concedesse os mesmos direitos e deveres que o casamento, não haveria a necessidade de duas figuras jurídicas, correcto? E quando a aproximação entre as duas figuras jurídicas é vetada pelo PR sob o argumento de não querer misturá-las e transformar a primeira (união civil) numa imitação de segunda categoria da segunda (casamento), é sinal de várias coisas:
1) o legislador tem noção que há descriminações e injustiças que urge combater, mesmo que por vias travessas;
2) é necessário enquadrar de forma igual aquilo que na prática é igual - leia-se a comunhão de vida, mesa e habitação, independente da orientação sexual dos indivíduos;3) a união civil não é um casamento e por isso acaba por ser uma forma de dupla discriminação - está aberta aos homossexuais como única opção de enquadramento legal da sua opção de vida em comum, porque o casamento lhes está vedado. é uma espécie de guetto legal, do género "ficam aí arrumadinhos e nem pio!".
Em resumo, se a base do casamento é o amor, o amor não é exclusivo de um determinado grupo com uma determinada orientação sexual. Sou a favor da liberalização porque considero que o casamento é um tipo especial de contrato, feito entre pessoas que se amam e porque elas se amam e querem partilhar a vida juntas e com o máximo de protecção social possível. É sobretudo disto que se deveria falar: protecção social e direitos iguais para situações iguais naquilo que realmente importa: o afecto que une duas pessoas.
As leis não nascem do ar, acompanham os tempos e as sociedades em que vigoram. Se a sociedade evoluiu, se a concepção de família abarca novas realidades e se o propósito do casamento já avançou na realidade, importa mudá-lo na legislação.
As leis não nascem do ar, acompanham os tempos e as sociedades em que vigoram. Se a sociedade evoluiu, se a concepção de família abarca novas realidades e se o propósito do casamento já avançou na realidade, importa mudá-lo na legislação.
26 agosto 2009
para rir à parva
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British Cashew e Calíope, importadoras de pérolas, lda., continuam imparáveis. Desta vez vieram com kizombas a tiracolo! Ouvi esta ontem e não resisti a publicá-la: é um elixir para gargalhadas garantidas.
25 agosto 2009
deve ser por isso que nunca lá fui
Devia ter uns seis anos. Fomos passar uns tempos a casa de uma amiga dos meus pais: era a tia Júlia. Em casa da tia Júlia, bebia-se chá com leite. Detestava aquilo! Mas a tia não se comovia com os gostos das meninas. Como morava perto de Sintra, com vista para o Palácio da Pena, que ela dizia ser um castelo de bruxas que nos viriam buscar, caso não bebêssemos o chá com leite, conseguia levar sempre a sua adiante.
As minhas tarefas actuais são tããããão interessantes
Pausa para relaxar: tanto interesse junto pode ser prejudicial! Tento acordar um bocadinho, porque além de interessantes, as minhas tarefas actuais têm insuperáveis poderes narcóticos.
Confesso que fiz este teste apenas pela atracção irresistível do BIGODE :) e eis que me sai na rifa um jogador do POOOOOOOOOORTOOOOOO. Está certo, pois!
Confesso que fiz este teste apenas pela atracção irresistível do BIGODE :) e eis que me sai na rifa um jogador do POOOOOOOOOORTOOOOOO. Está certo, pois!
23 agosto 2009
22 agosto 2009
listas
Um amigo colocou-me um desafio: listar, em 15 min ou menos, 15 livros que me tenham marcado, por um motivo ou por outro. A lista não foi difícil de fazer. Como o objectivo é não pensar muito, escrevi conforme me vinham ocorrendo título importantes.
01 - O meu pé de laranja-lima, José Mauro Vasconcellos
02 - Diário, Anne Frank
03 - The Godfather, Mario Puzo
04 - Os Maias, Eça de Queiroz
05 - Ensaio sobre a cegueira, José Saramago
06 - The god of small things, Arundathi Roy
07 - Sonetos, Florbela Espanca
08 - O monge de Cister, Alexandre Herculano
09 - Drácula, Bram Stoker
10 - Teresa Batista cansada de guerra, Jorge Amado
11 - The Lord of the Rings, J. R. R. Tolkien
12 - Le petit prince, Saint-Exupéry
13 - The silmarillion, J. R. R. Tolkien
14 - O vendedor de passados, José Eduardo Agualusa
15 - The book of illusions, Paul Auster
Difícil é perceber a quantidade de livros que ficaram de fora!
Entre os que não couberam, contam-se pérolas como "Cem anos de Solidão" ou "Crónica de uma Morte Anunciada" de Gabriel García Márquez, "O velho que lia romances de amor" e "Patagónia Express" do Luís Sepúlveda, "Animal Farm" de George Orwell, "Brave New World" de Aldous Huxley, "Os Filhos da Mãe" de Rita Ferro, "O Alquimista", "Brida" e "Na margem do Rio Piedra eu sentei e chorei" de Paulo Coelho, "Dejá Dead" da Kathy Reichs, "White Tiger" de Arvind Adiga, "A Senhora" de Catherine Clément, "A morte de um apicultor" de Lars Gustafsson, "Venenos de Deus, Remédios do Diabo" de Mia Couto, "Baía dos Tigres" de Pedro Rosa Mendes, "Como água para chocolate" da Laura Esquível, "A cidade e as serras" do Eça de Queiroz, "Budapeste" do Chico Buarque, "A sombra do vento" de Carlos Ruiz Zafón.
01 - O meu pé de laranja-lima, José Mauro Vasconcellos
02 - Diário, Anne Frank
03 - The Godfather, Mario Puzo
04 - Os Maias, Eça de Queiroz
05 - Ensaio sobre a cegueira, José Saramago
06 - The god of small things, Arundathi Roy
07 - Sonetos, Florbela Espanca
08 - O monge de Cister, Alexandre Herculano
09 - Drácula, Bram Stoker
10 - Teresa Batista cansada de guerra, Jorge Amado
11 - The Lord of the Rings, J. R. R. Tolkien
12 - Le petit prince, Saint-Exupéry
13 - The silmarillion, J. R. R. Tolkien
14 - O vendedor de passados, José Eduardo Agualusa
15 - The book of illusions, Paul Auster
Difícil é perceber a quantidade de livros que ficaram de fora!
Entre os que não couberam, contam-se pérolas como "Cem anos de Solidão" ou "Crónica de uma Morte Anunciada" de Gabriel García Márquez, "O velho que lia romances de amor" e "Patagónia Express" do Luís Sepúlveda, "Animal Farm" de George Orwell, "Brave New World" de Aldous Huxley, "Os Filhos da Mãe" de Rita Ferro, "O Alquimista", "Brida" e "Na margem do Rio Piedra eu sentei e chorei" de Paulo Coelho, "Dejá Dead" da Kathy Reichs, "White Tiger" de Arvind Adiga, "A Senhora" de Catherine Clément, "A morte de um apicultor" de Lars Gustafsson, "Venenos de Deus, Remédios do Diabo" de Mia Couto, "Baía dos Tigres" de Pedro Rosa Mendes, "Como água para chocolate" da Laura Esquível, "A cidade e as serras" do Eça de Queiroz, "Budapeste" do Chico Buarque, "A sombra do vento" de Carlos Ruiz Zafón.
no fear
Meredith: [narrating] Every surgeon has a shadow. And the only way to get rid of a shadow,is to turn off the light. To stop running from the darkness, and face what you fear. Head on.
Grey's Anatomy, season 5, episode 17
(I Will Follow You Into the Dark)
(I Will Follow You Into the Dark)
you'll never be alone
- And if he just wants to be left alone?
- You don't leave the people you love alone, Dr. Grey. That idiot may not know it yet, but my fear is what's gonna save his life.
Grey's Anatomy, season 5, episode 17
(I Will Follow You Into the Dark)
(I Will Follow You Into the Dark)
19 agosto 2009
morta-viva
No parque
Pequena Princesa: Mana, agora não podemos ir para os baloiços, que está lá uma joaninha.
Borboleta: Uma joaninha?
Pequena Princesa: Sim, mas está morta.
Borboleta: Morta? vamos lá ver isso!
Pequena Princesa: Agora não podemos, porque ela já voou.
ir à casinha
10 agosto 2009
Deve ser do calor
Uns alegados* membros do blog 31 da Armada subiram à varanda dos Paços do Concelho em Lisboa, removeram a bandeira municipal e hastearam a bandeira monárquica. Posto isto, vestiram máscaras de Darth Vader e capas pretas. Ok, cada um veste o que quer :) A Constituição, republicana por sinal, garante a liberdade de expressão!
Mas há coisas que me intrigam: então, se hastearam a bandeira monárquica, gostam da monarquia, certo? Pois. E vão vestir-se de Vaders para quê? O Vader é o mau da fita. O Vader seria monárquico? Não me lembro. Tenho de rever os filmes, é o que é. Ora, se eles gostam da monarquia e até se arriscam por ela, a monarquia deve ser boa. Se calhar, não é, e eles são todos maus, ou mauzinhos, tipo bandidos-dos-filmes-com-pistolas-de-fulminantes. Deve ser isso. Ou então o calor de Agosto torrou-lhes o juízo! Seja como for, isto tem todo o ar de partida dos acampamentos de escuteiros :)
Publicaram um video da proeza. Tem um irmão Salomé a cantar sobre a Maria da Fonte como banda sonora. Catita!
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* Fica sempre bem escrever "alegados": assim não estou mesmo, mesmo a acusar ninguém. E dá ares de jornalismo... do mauzinho.
Borbie guia
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12 esposas/namoradas/mães/zbr. 1 Borbie e 3 guias turísticos. Poderia ser a receita para a asneira? Se calhar. Mas foi divertido. E stressante e cansativo. Fiz muita coisa de que gosto mesmo e muita coisa que não fazia há muito tempo. É verdade, perdi uma esposa. Mandei o autocarro arrancar e deixei-a em Sintra. Era a esposa caladinha. (As outras deram pela falta dela e fomos lá buscá-la.)
Havia a esposa que viu um senhor carteirista em acção e o máximo que soube fazer foi agarrar-ME (não o carteirista). Havia as espertinhas, as simpáticas, as tímidas, as que tinham dificuldade com o inglês. Havia o bebé, que derreteu toda a gente. Houve pastéis de Belém, almoço com vista para o mar, oceanário, subir ao Castelo.
Decorar o nome de todas e não o trocar? Só no terceiro dia que, por acaso, foi o mesmo em que elas se foram embora. Borboletices!
Faltou o tempo para a Periquita e os travesseiros, o Castelo dos Mouros e a espreitadela à cidade a partir de Santa Engrácia. Não andámos no 28E até ao melhor bolo de chocolate do mundo, mas fomos ao Chiado e vimos Lisboa a partir do miradouro da Senhora do Monte, que neste momento é provavelmente o meu preferido.
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