Ontem caiu uma cria de pássaro de um ninho localizado à porta do meu local de trabalho. É tão pequeno que não conseguimos determinar a espécie, tem os olhos fechados e pia baixinho. Dá pena, é verdade... mas não há nada a fazer.
A minha colega não pensa como eu e decidiu apanhá-lo, não para que ele não morresse, dado que a probabilidade de salvá-lo é remota, mas para que morresse uma «morte digna, sem as formigas a picá-lo». Alimenta-o a pão, com uma pinça, e dá-lhe pingos de água. Deixou-o cá durante a noite, dentro de um cinzeiro revestido a papel higiénico e po-lo ao sol há pouco, porque o bicho tem frio.
Isto está a deixar-me doida porque, se por um lado tenho pena do bicho, por outro acho que a Natureza tem as suas leis e se o bicho caiu, deixá-lo morrer depressa, em vez de prolongar uma vida que não vingará de qualquer forma.
Se isto me torna desumana, pois seja. O que não percebo é esta humanidade feita de adiar o inevitável. Se por acaso o bicho viver mais uns dias, até ao fim-de-semana, o que é que lhe vai fazer? Levá-lo para casa? Duvido. E se por um acaso ainda maior ele sobreviver mesmo, quem é que o ensina a voar? Ninguém. Então não era melhor não meter o bedelho no assunto?
14h11: O pássaro morreu, como seria de esperar. A Natureza tarda mas não falha.
24 junho 2008
23 junho 2008
Elogio do dia :)
«Se eu fosse ao quem quer ser milionário, tu serias de certeza uma das minhas ajudas do telefone!»
Calíope
Calíope
19 junho 2008
Museu do Ar
O meu namorado é maluquinho por aviões, e levou-me ao Museu do Ar, em Alverca, no último fim-de-semana. Saí de lá encantada! o Museu tem um espólio enorme, entre aviões e helicópteros, réplicas de aviões, peças, miniaturas, desenhos, fotografias, medalhas, equipamento e fardas.
Do que eu gostei mesmo foi das primeiras «coisas» voadoras. Talvez não sejam bem aviões, se comparados com os aparelhos muitíssimo complexos dos dias de hoje, mas são muito mais do que isso, se pensarmos na dose de engenho necessária para os planear e construir e na enorme coragem e ambição de quem os pilotou.
Do que eu gostei mesmo foi das primeiras «coisas» voadoras. Talvez não sejam bem aviões, se comparados com os aparelhos muitíssimo complexos dos dias de hoje, mas são muito mais do que isso, se pensarmos na dose de engenho necessária para os planear e construir e na enorme coragem e ambição de quem os pilotou.
- O Demoiselle XX, de Santos Dumont, do qual o museu tem uma réplica, tem um assento de palhinha, sem encosto nem cinto de segurança: parece um conjunto de canas, tela e cabos, onde ninguém no seu perfeito juízo de sentaria :)
- O Blériot XI já tem uma espécie de cabine e cinto de segurança, mas o resto parece pouco mais sólido do que no modelo anterior. A grande piada que achei a este modelo foi o facto de ele ter uma cadeira de sala/escritório, artilhada com um cinto de segurança de couro, tipo colete.
- O meu preferido! O Maurice Farman tipo MF4, que tem uma cabine ENORME, com a hélice para trás, as caninhas do costume, cabos e tela, rodas de bicicleta ou parecidas. Gostei dele por causa do seu tamanho descomunal e por um pormenor delicioso - as rodas sobressalentes vão presas de lado, por entre um labirinto de cabos, com umas correias de couro.
Imagem retirada daqui.
18 junho 2008
Vaidade
Vim trabalhar toda piruças, com o vestido-maravilha e umas sandálias que não calçava desde o ano passado e das quais tinha uma vaga recordação de... desconforto. A meio da tarde, marchei penosamente para a loja do chinês mais próxima, já calçando os sapatos de uma colega, para adquirir um belo par de... havaianas de borracha cor-de-laranja :)
UFAS!, agradeceram os meus pés; ORA BOLAS!, protestou o meu ego.
UFAS!, agradeceram os meus pés; ORA BOLAS!, protestou o meu ego.
17 junho 2008
Óbidos!
Fomos de fim-de-semana para Óbidos. Foi muito bom! A vila é encantadora: nota-se a preocupação constante de preservar o património edificado, permitindo que o turista se sinta numa mini viagem no tempo. Em cada canto há coisas interessantes para espreitar. E há a programação cultural: vimos um espectáculo de dança contemporânea, numa praça da vila. Ficámos numa casa maravilhosa, de turismo rural, mesmo à entrada do castelo. Bebemos ginjinha :) Ficou para outra ocasião, a prova da ginjinha em copo de chocolate... como se fossem precisos motivos para regressar!
16 junho 2008
Optimismo
Age como um optimista mas pensa com um pessimista.
__________
Esta frase foi-me «vendida» como original de Vergílio Ferreira, cuja obra desconheço. Supostamente, retrata a forma como vivo e penso. Não sei se sou pessimista, mas sei que vejo todos os ângulos das questões. Não sei se sou optimista, mas não consigo levar a vida trombuda e acredito que, se sorrirmos à vida, ela sorri de volta... mais cedo ou mais tarde.
11 junho 2008
Vambora?
Saber lidar com as nossas expectativas e com as expectativas alheias é muito difícil. Custa um bocado perceber que esperem de nós coisas que não conseguimos fazer, por não termos capacidade de operar milagres. Custa muito perceber que determinado sonho, acalentado com tanto zelo não se realizará, por muito improvável que ele fosse à partida. E nem sonhar é assim tão fácil porque implica, em certa medida, capacidade de acreditar em projecções.
Pedir é fácil. Esperar que outras pessoas façam aquilo que não sabemos ou não podemos fazer, também. Difícil é construir, saber mudar, não esperar milagres e fazer projecções realistas. Afinal de contas, não há magias nem fadas com varinhas de condão que nos valham naquela que é a tarefa mais complicada: ser adulto e consequente!
________
Entre por essa porta agora
E diga que me adora
Você tem meia hora
P'ra mudar a minha vida
Vem vambora
Que o que você demora
É o que o tempo leva
Ainda tem o seu perfume pela casa
Ainda tem você na sala
Porque meu coração dispara
Quando tem o seu cheiro
Dentro de um livro
Dentro da noite veloz
________
Adriana Calcanhotto - Vambora
Pedir é fácil. Esperar que outras pessoas façam aquilo que não sabemos ou não podemos fazer, também. Difícil é construir, saber mudar, não esperar milagres e fazer projecções realistas. Afinal de contas, não há magias nem fadas com varinhas de condão que nos valham naquela que é a tarefa mais complicada: ser adulto e consequente!
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Entre por essa porta agora
E diga que me adora
Você tem meia hora
P'ra mudar a minha vida
Vem vambora
Que o que você demora
É o que o tempo leva
Ainda tem o seu perfume pela casa
Ainda tem você na sala
Porque meu coração dispara
Quando tem o seu cheiro
Dentro de um livro
Dentro da noite veloz
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Adriana Calcanhotto - Vambora
09 junho 2008
bom português
Acho que falo e escrevo correctamente. Acha o mesmo que eu? Vamos testá-l@!
Qual das seguintes palavras é sinónimo de «calhamaço, livro grande e antigo, alfarrábio»?
Apanhei esta pérola de manhã, enquanto me vestia, ao ver o Bom dia Portugal. Não resisti a publicar: é que, pela primeira vez, eu falhei a resposta correcta!
Assim se fala em bom português :D
Qual das seguintes palavras é sinónimo de «calhamaço, livro grande e antigo, alfarrábio»?
- Catrapácio
- Cartapácio
Apanhei esta pérola de manhã, enquanto me vestia, ao ver o Bom dia Portugal. Não resisti a publicar: é que, pela primeira vez, eu falhei a resposta correcta!
Assim se fala em bom português :D
05 junho 2008
1, 2, 3 soleils
1, 2, 3 soleils é o nome de um dos meus CDs preferidos. É o registo de um concerto de 1998, que juntou Cheb Khaled, Faudel e Rachid Taha em Bercy. Em Portugal, só apareceu a versão compacta do concerto, com um disco, mas há uma versão completa, de dois discos. Um som diferente, que mistura as raízes árabes dos vários intérpretes com influências europeias. MUITO BOM!
Esta canção chama-se Abdel Kader e tem um ritmo incrível para começar a bulir de manhã cedo :)
Esta canção chama-se Abdel Kader e tem um ritmo incrível para começar a bulir de manhã cedo :)
04 junho 2008
preciso de uma dupla!
Preciso de uma cópia de mim, que fique cá a bulir enquanto eu me piro para o Festival Músicas do Mundo. São só 10 dias :) Não será sacrifício nenhum, que eu até tenho uma vidinha porreira e interessante! Dou alojamento, não exijo que faça limpezas ou qualquer tarefa aborrecida, desde que alimente os periquitos e regue a planta. Se lhe servir de incentivo, aproveito para informar que nunca lá fui e estou mortinha de vontade de ir :D
crise de identidade
No meu bules de sempre, sou Borbie X (o meu último nome). Uso Borbie X para tudo, desde o cartão Multibanco ao cartão da Fnac, passando pelos cartõezinhos de visita e pelo nome que aparece em todas as minhas caixas de correio electrónico.
No bules novo, virei Borbie Y (o meu apelido materno). As pessoas referem-se a mim como Borbie Y, para me distinguir de uma colega com o mesmo nome próprio; o meu endereço de correio electrónico novo é borbie.y@bulesnovo.pt; se vier a ter cartões, aposto que me apresentarão com o meu novo nome.
Já fui Borbie Y, num passado muito distante: quando entrei para a escola primária, a professora ensinou-nos a escrever o primeiro nome e o apelido mais curto. No meu caso, o meu apelido materno é o mais curto. Usei esse nome até entrar para a escola C+S, onde passei a Borbie X, nome que usei nas cerca de duas décadas seguintes.
Estou em plena crise de identidade, é o que é :D
No bules novo, virei Borbie Y (o meu apelido materno). As pessoas referem-se a mim como Borbie Y, para me distinguir de uma colega com o mesmo nome próprio; o meu endereço de correio electrónico novo é borbie.y@bulesnovo.pt; se vier a ter cartões, aposto que me apresentarão com o meu novo nome.
Já fui Borbie Y, num passado muito distante: quando entrei para a escola primária, a professora ensinou-nos a escrever o primeiro nome e o apelido mais curto. No meu caso, o meu apelido materno é o mais curto. Usei esse nome até entrar para a escola C+S, onde passei a Borbie X, nome que usei nas cerca de duas décadas seguintes.
Estou em plena crise de identidade, é o que é :D
03 junho 2008
A dormir!
Mudei de horário no bules de sempre e arranjei um bules novo, para me entreter :)
Agora entro às 8h. Os colegas não estão habituados a ver-me no estaminé a essas horas, por isso estranham. Eis um excerto do diálogo travado esta manhã, com a Senhora B.
Senhora B: Bom dia! por cá a estas horas?
Borboleta: Bom dia! É verdade. Mudei de horário!
Senhora B: Vinhas neste autocarro?
Borboleta: Vinha, vinha.
Senhora B: Ai, eu não te vi...
Borboleta: Vinha a dormir!
Senhora B (ofendida): Não vinha, não! Eu estou acordada desde as 4 da manhã.
Borboleta: Ó Senhora B., quem vinha a dormir era eu!
Agora entro às 8h. Os colegas não estão habituados a ver-me no estaminé a essas horas, por isso estranham. Eis um excerto do diálogo travado esta manhã, com a Senhora B.
Senhora B: Bom dia! por cá a estas horas?
Borboleta: Bom dia! É verdade. Mudei de horário!
Senhora B: Vinhas neste autocarro?
Borboleta: Vinha, vinha.
Senhora B: Ai, eu não te vi...
Borboleta: Vinha a dormir!
Senhora B (ofendida): Não vinha, não! Eu estou acordada desde as 4 da manhã.
Borboleta: Ó Senhora B., quem vinha a dormir era eu!
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