O meu pequeno universo acústico de hoje contém vários álbuns de Depeche Mode. Agora que o escritório esvaziou, canto alegremente uma das melhores músicas de sempre da banda. Adoro este ritmo dançável, o som electrónico/industrial, a letra. «I'll make your heart smile» é uma daquelas declarações que esmagam. Mesmo. Porque até os músculos sorriem, se devidamente estimulados.
Strangelove.
There'll be times
When my crimes
Will seem almost unforgivable
I give in to sin
Because you have to make this life liveable
But when you think I've had enough
From your sea of love
I'll take more than another riverfull
Yes, and I'll make it all worthwhile
I'll make your heart smile
Strangelove
Strange highs and strange lows
Strangelove
That's how my love goes
Strangelove
Will you give it to me
Will you take the pain
I will give to you
Again and again
And will you return it
There'll be days
When I'll stray
I may appear to be
Constantly out of reach
I give in to sin
Because I like to practice what I preach
I'm not trying to say
I'll have it all my way
I'm always willing to learn
When you've got something to teach
And I'll make it all worthwhile
I'll make your heart smile
Pain will you return it
I'll say it again -- pain
Pain will you return it
I'll say it again -- pain
31 outubro 2006
Viagens que mudam tudo
A viagem que mudou a minha vida iniciou-se às oito e picos, na estação de Santa Apolónia, há exactamente 10 anos. Depois de ter entrado na minha sexta opção na primeira fase do acesso ao ensino superior, tinha sido admitida, na segunda fase de candidaturas, no curso que queria. A 31 de Outubro de 1996 fui conhecer a minha nova cidade e a minha nova universidade. Ainda não tinha a certeza de conseguir convencer os meus pais a permitir que estudasse fora de Lisboa. Fui reunir argumentos a meu favor.
Braga era uma cidade estranha, da qual não tinha boa impressão, recheada de igrejas e sapatarias. Não conhecia ninguém, não sabia ir a lado nenhum. Fui gentilmente escoltada por uma colega que frequentava algumas das minhas cadeiras na Universidade de Lisboa. Levou-me ao Campus de Gualtar e aos Serviços de Acção Social da Universidade do Minho, para ver se podia viver na residência. Depois, fez-me um tour do centro da cidade.
Chuviscava. Havia um bocadinho de nevoeiro. A 31 de Outubro, faz-se o mercado de flores para os dias de Todos os Santos e Fiéis Defuntos, na praça do Munícipio, que veio a tornar-se uma das minhas praças preferidas da cidade. Eram crisântemos e mais crisântemos, verduras, velas, santinhos, vasos e demais parafernália, envoltos no cinzento característico dos dias de chuva bracarenses. Cor. Cheiros. Gente aos magotes. Sotaque. Surreal.
Estava aos saltos porque tinha entrado no curso que queria. Estava receosa com tanta mudança. Mudar de casa, de cidade, de curso, ficar longe de tudo o que me era familiar... Foi como ser aspirada para uma dimensão completamente nova. Uma dimensão que moldou a minha personalidade e mudou a minha forma de estar. Uma dimensão com sotaque, com as cores do Minho, com o calor dos meios mais pequenos. Saudades de Braga!
Braga era uma cidade estranha, da qual não tinha boa impressão, recheada de igrejas e sapatarias. Não conhecia ninguém, não sabia ir a lado nenhum. Fui gentilmente escoltada por uma colega que frequentava algumas das minhas cadeiras na Universidade de Lisboa. Levou-me ao Campus de Gualtar e aos Serviços de Acção Social da Universidade do Minho, para ver se podia viver na residência. Depois, fez-me um tour do centro da cidade.
Chuviscava. Havia um bocadinho de nevoeiro. A 31 de Outubro, faz-se o mercado de flores para os dias de Todos os Santos e Fiéis Defuntos, na praça do Munícipio, que veio a tornar-se uma das minhas praças preferidas da cidade. Eram crisântemos e mais crisântemos, verduras, velas, santinhos, vasos e demais parafernália, envoltos no cinzento característico dos dias de chuva bracarenses. Cor. Cheiros. Gente aos magotes. Sotaque. Surreal.
Estava aos saltos porque tinha entrado no curso que queria. Estava receosa com tanta mudança. Mudar de casa, de cidade, de curso, ficar longe de tudo o que me era familiar... Foi como ser aspirada para uma dimensão completamente nova. Uma dimensão que moldou a minha personalidade e mudou a minha forma de estar. Uma dimensão com sotaque, com as cores do Minho, com o calor dos meios mais pequenos. Saudades de Braga!
27 outubro 2006
Grande iniciativa!
O meu mundinho pessoal contém pessoas incríveis - umas formais, outras criativas, outras ainda absolutamente revolucionárias, todas elas muito divertidas.
Na sequência de conversas paralelas em dois blogs que acompanho, eis que o meu amigo Tiago Grilo decidiu revolucionar o panorama blogosférico português, criando o blog Cuecas dos Grandes Portugueses. Pretende, com esta iniciativa tirar as nossas cuecas da prisão :) Para isso, basta mandar fotografias das ditas para o endereço tiagugrilu@gmail.com. Haverá, obviamente, prémios para os melhores exemplares M e F. Eu vou concorrer, definitivamente... e desafio os meus leitores a fazer o mesmo!
____
Os interessados em ver as tais «conversas paralelas» de que falava no início deste post, vide as gaijas & el ninho (posts de 24 de Outubro) e Chocolate & Caramelo (24 de Outubro, também), mais os comentários suscitados pelos posts.
Na sequência de conversas paralelas em dois blogs que acompanho, eis que o meu amigo Tiago Grilo decidiu revolucionar o panorama blogosférico português, criando o blog Cuecas dos Grandes Portugueses. Pretende, com esta iniciativa tirar as nossas cuecas da prisão :) Para isso, basta mandar fotografias das ditas para o endereço tiagugrilu@gmail.com. Haverá, obviamente, prémios para os melhores exemplares M e F. Eu vou concorrer, definitivamente... e desafio os meus leitores a fazer o mesmo!
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Os interessados em ver as tais «conversas paralelas» de que falava no início deste post, vide as gaijas & el ninho (posts de 24 de Outubro) e Chocolate & Caramelo (24 de Outubro, também), mais os comentários suscitados pelos posts.
Dia de sol!
Depois de não sei quantos dias cinzentos, esta manhã despontou solarenga e radiosa. nada como uma pintinha de sol e céu azul para nos deixar aos saltinhos :)
24 outubro 2006
Fragmentos
Under (a lot) of pressure... Crio o meu universo auditivo, numa tentativa mais ou menos vã de me concentrar. Ouço David Bowie. Cantarolo baixinho fragmentos de algumas das minhas canções favoritas.
Under Pressure
(...)
These are the days it never rains but it pours
(...)
It's the terror of knowing
What this world is about,
(...)
Pray tomorrow takes me higher
(...)
Turned away from it all, like a blind man
Sat on a fence but it don't work
Keep coming up with love
But it's so slashed and torn
Why why why?
Love love love love
Insanity laughs, under pressure we're cracking
Can't we give ourselves one more chance?
Why can't we give love one more chance?
Why can't we give love, give love, give love, give love, give love
Cause love's such an old fashioned word
And love dares you to care
For the people on the edge of the night
And love dares you to change our way of
Caring about ourselves
This is our last dance
This is ourselves
Under pressure
Ashes to ashes
They got a message from the Action Man
"I'm happy, hope you're happy too
I've loved all I've needed to love
Sordid details following"
Absolute Beginners
I've nothing much to offer
There's nothing much to take
I'm an absolute beginner
And I'm absolutely sane
As long as we're together
The rest can go to hell
I absolutely love you
But we're absolute beginners
With eyes completely open
But nervous all the same
Under Pressure
(...)
These are the days it never rains but it pours
(...)
It's the terror of knowing
What this world is about,
(...)
Pray tomorrow takes me higher
(...)
Turned away from it all, like a blind man
Sat on a fence but it don't work
Keep coming up with love
But it's so slashed and torn
Why why why?
Love love love love
Insanity laughs, under pressure we're cracking
Can't we give ourselves one more chance?
Why can't we give love one more chance?
Why can't we give love, give love, give love, give love, give love
Cause love's such an old fashioned word
And love dares you to care
For the people on the edge of the night
And love dares you to change our way of
Caring about ourselves
This is our last dance
This is ourselves
Under pressure
Ashes to ashes
They got a message from the Action Man
"I'm happy, hope you're happy too
I've loved all I've needed to love
Sordid details following"
Absolute Beginners
I've nothing much to offer
There's nothing much to take
I'm an absolute beginner
And I'm absolutely sane
As long as we're together
The rest can go to hell
I absolutely love you
But we're absolute beginners
With eyes completely open
But nervous all the same
mais um €uro!
Este mundo anda cheio de cromos... ou cromas :) Sábado fomos tomar café à noite: eu, o Gimli, a Ceci e a Ladyboo. Fomos atendidos por uma senhora muito estranha ou completamente doida que:
- demorou três eternidades e meia para vir à mesa;
- falou da sua prima Jasmim a propósito de chá da planta com o mesmo nome (isto foi-me explicado a posteriori, porque eu nem sequer percebi a longa tirada que metia jasmim pelo meio...);
- atirou com os cubos de gelo do meu copo para o tabuleiro porque eu não queria gelo na cola;
- entornou sumo;
- e no fim, ainda nos veio dizer «mais um euro!!!».
Prémios para eles :)
Prémio Príncipe das Astúrias na categoria de Letras para o Paul Auster, um dos meus escritores preferidos. Li praticamente todos os livros dele, alguns mais do que uma vez. Creio que escreveria muito do que ele escreveu, mais ou menos da mesma forma. Amo as suas personagens complexas e algo fechadas em pequenos mundinhos de egoísmo e de sofrimento. Adoro os enredos minuciosos. Deliro com os universos impossíveis e, simultaneamente, tão reais que ele cria.
Prémio Príncipe das Astúrias para o Pedro Almodóvar também, nas categoria de Artes. Sobre o Almodóvar nem preciso de dizer muito mais, dado que o meu post anterior é sobre um filme dele :) O senhor é brilhante e eu adoro as cores dos filmes dele, o ritmo, as personagens estranhas e tão intensamente humanas.
Prémios merecidos! Muito merecidos, creio eu :)
Prémio Príncipe das Astúrias para o Pedro Almodóvar também, nas categoria de Artes. Sobre o Almodóvar nem preciso de dizer muito mais, dado que o meu post anterior é sobre um filme dele :) O senhor é brilhante e eu adoro as cores dos filmes dele, o ritmo, as personagens estranhas e tão intensamente humanas.
Prémios merecidos! Muito merecidos, creio eu :)
17 outubro 2006
Volver
Poucos homens retratam bem as mulheres, poucos as percebem tão bem e poucos as amam de forma tão arrebatada como Pedro Almodóvar. O retrato que Volver nos faz do feminino, das relações entre as mulheres e da forma como elas funcionam é perturbador - comovente numas ocasiões, hilariante noutras. Muito bom. Diferente de outros filmes dele. Ou nem tanto.
13 outubro 2006
perder?
alguém disse: será possível perder alguma coisa quando não temos nada?
eu respondi: claro que podes perder alguma coisa, quando não tens nada. nada é relativo, perder também. criar expectativas é fácil. ver que elas não se concretizarão é uma forma de perder.
eu respondi: claro que podes perder alguma coisa, quando não tens nada. nada é relativo, perder também. criar expectativas é fácil. ver que elas não se concretizarão é uma forma de perder.
06 outubro 2006
Literatura
Sou apaixonada por livros. Leio desde pequena. Larguem-me numa livraria que eu fico bem :)
Decidi abrir uma nova faceta do estrelas - a partir de hoje, publicarei citações de livros que, por algum motivo, me fizeram reflectir. Começo com Paulo Coelho, um autor que venerava no início da minha idade adulta e que revisitei ontem, por acaso. Sigo com Anne Rice, uma aquisição recente na minha biblioteca.
___________
É fácil sofrer por amor ao próximo, por amor ao mundo ou por amor ao seu filho. Esse sofrimento dá a sensação de que isso faz parte da vida, de que é uma dor nobre e grandiosa. É fácil sofrer por amor a uma causa ou a uma missão: isso só engrandece o coração de quem sofre.
Mas como explicar o sofrimento por um homem? É impossível. Então, sentimo-nos no Inferno, porque não existe nobreza ou grandeza - apenas miséria.
Na Margem do Rio Piedra eu Sentei e Chorei
___________
Daniel - «But, the Venice of you time, tell me...»
Armand - «What? That it was dirty? That it was beautiful? That people went about in rags with rotting teeth and stinking breath and laughed at public executions? You want to know the key difference? There is a horrifying loneliness at work in this time. No, listen to me. We lived six and seven to a room in those days, when i was still among the living. The city streets were seas of humanity; and now, in these high buildings dim-witted souls hover in luxurious privacy, gazing through the television window at a faraway world of kissing and touching. It's bound to produce some great fund of common knowledge, some new level of human awareness, a curious skepticism, to be so alone.»
The Queen of the Damned
Decidi abrir uma nova faceta do estrelas - a partir de hoje, publicarei citações de livros que, por algum motivo, me fizeram reflectir. Começo com Paulo Coelho, um autor que venerava no início da minha idade adulta e que revisitei ontem, por acaso. Sigo com Anne Rice, uma aquisição recente na minha biblioteca.
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É fácil sofrer por amor ao próximo, por amor ao mundo ou por amor ao seu filho. Esse sofrimento dá a sensação de que isso faz parte da vida, de que é uma dor nobre e grandiosa. É fácil sofrer por amor a uma causa ou a uma missão: isso só engrandece o coração de quem sofre.
Mas como explicar o sofrimento por um homem? É impossível. Então, sentimo-nos no Inferno, porque não existe nobreza ou grandeza - apenas miséria.
Na Margem do Rio Piedra eu Sentei e Chorei
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Daniel - «But, the Venice of you time, tell me...»
Armand - «What? That it was dirty? That it was beautiful? That people went about in rags with rotting teeth and stinking breath and laughed at public executions? You want to know the key difference? There is a horrifying loneliness at work in this time. No, listen to me. We lived six and seven to a room in those days, when i was still among the living. The city streets were seas of humanity; and now, in these high buildings dim-witted souls hover in luxurious privacy, gazing through the television window at a faraway world of kissing and touching. It's bound to produce some great fund of common knowledge, some new level of human awareness, a curious skepticism, to be so alone.»
The Queen of the Damned
02 outubro 2006
olhares.com
Uma das pessoas que me ficou do curso de formação de formadores é um tipo talentoso, que escolheu a fotografia como forma de expressão. Já tinha visto algumas imagens captadas por ele num jantar de curso e mais umas quantas lomografias que ele levou para uma sessão de formação (sim, porque aquelas sessões de formação davam para muita coisa!).
Hoje fui bisbilhotar um site na net onde ele publica alguns dos seus olhares. vale a pena! Grilinho, és o maior :)
Hoje fui bisbilhotar um site na net onde ele publica alguns dos seus olhares. vale a pena! Grilinho, és o maior :)
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