30 janeiro 2008

Aguenta, coração!

Vem na edição electrónica do DN de hoje: New Kids On The Block vão anunciar regresso à actividade. A moda back from the dead está aí em força! Quando pensávamos ter deixado no passado esta ou aquela banda, eis que a dita regressa qual figurante do Thriller :)
Para quem pense que estou a cuspir no prato em que comi, desengane-se! Eu gostei muito dos NKOTB e não renego o meu passado. Mas ao fim de tantos anos, ou bem que os moços fazem um extreme makeover e conquistam público diferente, ou então será caso para dizer: «tsk, tsk! Meus amigos, voltai lá para debaixo da pedra de onde saístes!».

so 80's


Não ouvia esta canção há eternidades!!! Chama-se 99luft balons, e é cantada por Nena. Lembro-me de pensar que gostava muito desta «língua de trapos» da qual não percebia pevide, mas de cujo som gostava. Hoje ouvi a sua versão inglesa na M80, a caminho do bules. MUITO BOM!

29 janeiro 2008

A idade

Passou-se na semana passada, em pleno comboio cheio.
Diz a minha irmãzinha:
- Eu tenho estes anos!, ao mesmo tempo que levanta 3 deditos no ar.
E pergunta:
- Quantos anos tens tu, mana?
Estico todos os dedos e estendo-lhe as mãos 3 vezes.
- Estes, estes e mais estes.
Responde ela, um bocado surpreendida:
- Tens TANTOS anos...!

anúncios

Sim, começa a ser um tema recorrente. Mas é inevitável, quando a televisão lá de casa só passa dois canais e meio :) Desta vez, é a série de anúncios do Continente. Não consigo engolir o conceito de musical em grande escala, com muito figurantes a passear de um lado para o outro. Não gosto dos bailarinos a passear com carrinhos de compras e a rodopiar sombrinhas. Detesto a versão sobre bebés, entupida de diminutivos. E a doçura postiça com que se canta «Ontem, hoje e amanhã» só me recorda o tom da canção do Vitinho, que mandava as crianças para a cama, no final dos anos 80.

4 meses, 3 semanas, 2 dias

Pois é, fui ver o filme que ganhou a Palma de Ouro 2007. Pela sinopse, esperava outra coisa. Pelo prémio, esperava MAIS. Saiu-me um filme lento, com alguns momentos bons, outros incompreensíveis, outros só surreais. Deu para verdadeiras crises de riso dentro de uma sala muito deserta, onde as pessoas consultavam as horas e falavam baixinho ao telemóvel.

«olha sempre para o lado fixe da morte»

A frase é cantada no final do espectáculo que fui ver no sábado - «Os melhores sketches dos Monty Python» - e, não sendo para levar muito a sério, é mais séria do que aparenta. Que é como quem diz: não te deixes abater, porque da tragédia pode resultar a comédia ou, pelo menos, um bem maior de qualquer espécie. No domingo, fiz a quase-derradeira mudança de casa do meu pai.

Se o primeiro acontecimento me deixou à beira das lágrimas pelos melhores motivos - a saber, o excelente trabalho de António Feio, José Pedro Gomes, Miguel Guilherme, Jorge Mourato, Bruno Nogueira e Nuno Markl (este último, na adaptação dos textos) - o segundo, deixou-me triste, porque cortar um cordão umbilical é sempre um acto definitivo. Quando ao corte acrescem desavenças evitáveis se houvesse algum bom-senso, o quadro é sempre feio. No meio de tudo isto, concluo que a única solução é ir rindo, por um lado, e canalizar as energias (boas e más) para actividades produtivas, num equilíbrio precário entre a sanidade e a loucura.

De momento, decidi investir estas energias na casa da Borbie: entre pequenas compras, ideias loucas de decoração ao melhor estilo «Changing Rooms», pendurar coisas pelas paredes, arrumar e organizar arquivos afectivos e materiais, há muito para fazer... e eu já arregacei as mangas.

23 janeiro 2008

Preciso!

  • um salazar
  • um relógio de cozinha
  • uma balança de cozinha
  • forminhas para petit-gateau
  • uma forma eficiente de avaliar o estado de cozedura de um bolo em forma de silicone

Ontem fiz o meu primeiro bolo em casa. E gostei, peripécias à parte. Para quem não sabe, isto é uma proeza para mim, que adoro cozinhar mas não tenho especial inclinação para a doçaria. Além disso, o único forno lá de casa é o do fogão... a gás! Eu sou medricas e nunca tinha acendido um sozinha - só por esse feito já mereceria um prémio :)

A receita é de olhómetro, como sempre:
3 ovos, açúcar, farinha, manteiga, raspa de um limão, sumo de meio limão.
Bate-se os ovos com o açúcar, adiciona-se a farinha às colheres, a manteiga derretida, a raspa do limão e por fim, o sumo. Vai ao forno por cerca de 15m, em forma de silicone.

a verdade sobre a verdade

Tenho as minhas teorias sobre a verdade. Além de achar que a verdade é sempre relativa e multifacetada, também acho que a verdade pode ser desinteressante e, frequentemente, nociva. Verdade a mais pode magoar aqueles que mais amamos; verdade a menos pode enrolar-nos em situações onde preferiríamos não nos encontrar. Costumo dizer que devemos dosear a verdade - e atenção aos puristas :) não estou para aqui a advogar a causa da mentira descarada, despudorada e sem motivo aparente. Não acredito que mentir seja o melhor remédio sempre. Creio apenas que, como não são absolutas, nem todas as verdades são benéficas. O resto depende do bom senso de cada um.
Tive esta conversa há tempos com um amigo meu. Ontem, esse mesmo amigo relembrou-me a ocasião, dizendo-me que tinha aprendido alguma coisa útil comigo. À noite, apanhei uma síntese perfeita desta minha teoria, na Anatomia de Grey: Here's the truth about the truth: it hurts. So, we lie.

21 janeiro 2008

De regresso

Ai ai... Férias! Foram-se! E foram BOAS :)
O resumo: bom tempo; caminhadas junto à praia; dormir até às tantas e dormir sestas; comidas, comidinhas e petiscos diversos; ver televisão (4 canais!) e ver publicidade na televisão; ler; tricotar; namorar, namorar, namorar.
Música que recordarei: a do anúncio do rebranding da Optimus, que passa incessantemente em todos os canais. (Em jeito de piada, até arranjámos um nome alternativo para a banda!)
Anúncio + detestado: o do rebranding do BANIF. Depois de um teaser manhoso, que apareceu em mupies, autocarros e imprensa escrita e audiovisual, sai um homem-cavalo que grita... haja paciência! Ali, tudo é foleiro: o homem-cavalo, a cor, a conversa do esforço e da ambição, o logo novo. Eu é que não acreditava numa empresa com aquela imagem... Mas isto já sou eu e o meu mau-feitio militante.
Doces de eleição: D. Rodrigo, pão-de-ló com sumo, schiffon de chocolate. Também entra para a lista o Magnum Essence.
O regresso: caixas de correio cheias, recados e recadinhos e um clima de cortar à faca pelo estaminé. Pelos vistos, andaram ocupados.

09 janeiro 2008

mais um rebranding que me deixa doida

Europe’s West Coast: este é o rebranding de Portugal. Saiu no dia 13 de Dezembro, para bater certo com a assinatura do Tratado de Lisboa e associa o país ao Oeste da Europa (Europe’s West Coast) e a conceitos de modernidade, inovação, tecnologia, empreendorismo e qualidade de vida, promovendo Portugal como um todo, desde o turismo, economia, comércio e cultura, e qualificando a oferta dos recursos, pessoas e produtos nacionais. Estou a citar o site do Turismo de Portugal, I.P., que, juntamente com o AICEP, Portugal Global, é responsável pela campanha. Objectivo da dita: reposicionar o conceito de Portugal, demarcando os portugueses da imagem das «porteiras, empregados de mesa e bimbos» e associando-os a casos de reconhecido (e internacional) sucesso e à modernidade das energias renováveis.
O conceito é no mínimo discutível: não é por nada, mas não me sinto particularmente identificada com as «personalidades» escolhidas, mesmo admirando o trabalho de algumas delas. Associar pessoas e energias é um bocadinho estranho, porque estas pessoas em particular não têm nada que ver com o sector energético, e se a ideia é atrair o investimento e o turismo, não me parece que seja o Cristiano Ronaldo a atrair turistas :)
Quanto às imagens, o melhor é que as vejam e decidam. West Coast, por associação à Costa Oeste norte-americana... Portugal, Califórnia da Europa, iuhú! Beaches and babes, com Silicon Valley à mistura, para dar um quê de tecnologia e a Europa enfiada de soslaio, para dar o perfume da tradição, antiguidade e finesse :) Será de mim, ou isto soa a fraquinho?

Ponto para ele!

O nosso PM decidiu ratificar o Tratado de Lisboa por via parlamentar. Tendo em conta o desconhecimento e o desinteresse geral da opinião pública relativamente às questões europeias, tendo em conta os níveis de abstencionismo registados nos referendos realizados até agora, tendo em conta que o Tratado só poderá vigorar se for ratificado pelos 27 Estados-membro, sem excepção, não me parece que seja uma opção descabida. Ó Zé, às vezes até acertas!

eu e o meu mau-feitio

Em conversas paralelas com amigos, falava do rebranding da Optimus. Dois criativos e dois não criativos a falar do mesmo. Os dois não-criativos ficaram com dúvidas - francamente, magma cor-de-laranja? Sim, o magma é dessa cor. Sim, o magma «mexe-se» e isso pode ser interpretado como dinâmico :) Mas quantas pessoas é que vão perceber a ideia do magma ou associar a imagem a magma? :)
Vamos combinar.... nas bolhas da Optimus há mais da transparência e luminosidade da gelatina ou daquela substância oleosa que está nos candeeiros de magma do que da opacidade do magma verdadeiro. E se o nome até pode ser o mesmo, há diferenças significativas :) A música é boa, o movimento é giro, o casting é interessante. Está visto que o target da marca são jovens, urbanos, com um certo quê de «morangos». Mas é de mim, ou agora é tudo «paixões, amigos, festas e gente aos saltos»?

07 janeiro 2008

Meravigliosa Creatura

A canção é interpretada por Gianna Nannini e chamou-me a atenção num anúncio de um automóvel. Alguns dos versos ficaram-me imediatamente na memória: voarei por entre raios, para ter-te. Realmente, quando queremos alguma coisa, ninguém nos segura!





Molti mari e fiumi
Attraverserò
dentro la tua terra
mi ritroverai
turbini e tempeste
io cavalcherò
volerò tra i fulmini
per averti
Meravigliosa creatura sei sola al mondo
meravigliosa paura d'averti accanto
occhi di sole mi bruciano in mezzo al cuore
amore è vita meravigliosa
Luce dei miei occhi
brilla su di me
voglio mille lune
per accarezzarti
pendo dai tuoi sogni
veglio su di te
non svegliarti non svegliarti
non svegliarti .... ancora
Meravigliosa creatura sei sola al mondo
meravigliosa paura d'averti accanto
occhi di sole mi tremano le parole
amore è vita meravigliosa
Meravigliosa creatura un bacio lento
meravigliosa paura d'averti accanto
all'improvviso tu scendi nel paradiso
muoio d'amore meraviglioso
Meravigliosa creatura
meravigliosa
occhi di sole mi bruciano in mezzo al cuore
amore è vita meravigliosa

04 janeiro 2008

Eu adoro esta canção!

Chama-se «Esta balada que te dou». Foi escrita e composta pelo Armando Gama, que com ela ganhou o Festival da Canção em 1983, indo depois ao Festival da Eurovisão, onde arrebatou o 13º lugar.



Há dias, ouvi uma versão, cantada pelo Salvador, um dos concorrentes da OT3 e devo dizer que gostei muito. Aquele sotaquezinho do Porto é lindo!
[Para os menos esclarecidos: sotaque do Porto não é só trocar os os VV pelos BB :)]



Ela diz que eu fui um caso muito sério
Mas eu só sei que há algo nisso de anormal
Havia um tempo, um olhar, um sorrir, um começo
Mas agora tudo perdeu o seu brilho

Na minha vida só houve um abraço como o teu
Um sonho, um livro, uma aventura sem igual
Linda, linda, esta balada que te dou
Linda, linda, esta balada que te dou

Podem até pensar que eu sou um pouco triste
Mas não há nenhum mal em ser assim
Pois tudo fica mesmo quando se acaba
Um romance, uma paixão ou um caminho

Na minha vida só houve um abraço como o teu
Um sonho, um livro, uma aventura sem igual
Linda, linda, esta balada que te dou
Linda, linda, esta balada que te dou

Quis escrever a mais bela canção que há no mundo
Olhando para trás p'ra nos ver
Foi quando ouvi uma voz cantando baixinho
Esta balada que vinha de longe

Na minha vida só houve um abraço como o teu
Um sonho, um livro, uma aventura sem igual

Na minha vida só houve um abraço como o teu
Um sonho, um livro, uma aventura sem igual
Linda, linda, esta balada que te dou
Linda, linda, esta balada que te dou

03 janeiro 2008

alguém me explique...

... que raio de costume terceiro-mundista é este, de celebrar a chegada do Ano Novo com tiros para o ar, em plena zona residencial, com munições verdadeiras. Não ocorre a estas pessoas que podem matar alguém acidentalmente? Está visto que não. E o resultado também está à vista: um jovem de 23 anos, morto em Gaia, uma menina de 9, morta em Lisboa.